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Moraes diz que 'ninguém foi impedido de votar' e descarta estender horário de votação

O presidente do TSE se manifestou depois de suspeita de uso da PRF e da PF para favorecer Jair Bolsonaro

30 out 2022 - 15h42
(atualizado às 17h06)
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou que ninguém foi impedido de votar pelas operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) neste domingo, 30, dia de votação do segundo turno das eleições. Moraes também descartou a possibilidade de estender o horário de votação, que terminou às 17h (horário de Brasília).

"Não houve nenhum prejuízo no exercício do direito de voto", disse Moraes. "Os ônibus prosseguiram até o final, e os eleitores votaram. Foi determinado que todas as operações cessassem para que eleitores não tenham atraso", disse o presidente do TSE. Moraes afirmou ainda que que o único prejuízo que os eleitores tiveram foi um atraso para votar.

Questionado sobre a fonte da informação de que ninguém deixou de votar, Moraes afirmou que se baseia no que foi relatado pelos Tribunais Regionais Eleitorais, pela PRF e pelos próprios eleitores. "É importante salientar que não houve retorno à origem dos eleitores, eles prosseguiram até a seção eleitoral e votaram."

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, fala com jornalistas sobre suspeita de uso da PRF e da PF para favorecer Jair Bolsonaro (PL).
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, fala com jornalistas sobre suspeita de uso da PRF e da PF para favorecer Jair Bolsonaro (PL).
Foto: Reprodução/TSE

Suspeita de uso político da PRF

No sábado, 29, Moraes proibiu a PRF de realizar qualquer operação relacionada ao transporte público, gratuito ou não, de eleitores, com base em reportagens publicadas pela imprensa de que poderia haver uma instrumentalização da PRF e da Polícia Federal para interferir no processo eleitoral de forma a beneficiar o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), e prejudicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apesar da determinação de Moraes, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, enviou um ofício na madrugada deste domingo a todas as superintendências reafirmando a continuidade das operações da corporação.

"Reafirmo o compromisso da PRF com o fortalecimento da segurança pública nacional, quer seja na promoção das vidas, na preservação dos patrimônios públicos e privados e na garantia da mobilidade nas rodovias e estradas federais e nas demais áreas de interesse da União, razão pela qual a OPERAÇÃO ELEIÇÕES 2022, nas ações não conflitantes com a decisão proferida pelo TSE, deve seguir seu curso natural até o dia 1º de novembro de 2022, com o Debriefing das ações do 2º turno", destaca documento obtido pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Neste domingo, surgiram centenas de denúncias de abordagens da PRF, da Polícia Federal (PF) e também da Polícia Militar (PM), que têm atrasado e até impedido eleitores de chegar às suas seções eleitorais, em especial no Nordeste. Na região, Lula teve mais votos que Bolsonaro no primeiro turno das eleições.

Por volta do meio-dia deste domingo, Moraes cobrou explicações imediatas do diretor-geral da PRF sobre os relatos de eleitores nas redes sociais.

No despacho, o presidente do TSE citou uma publicação que acusa a PRF de fazer uma blitz em Cuité (PB) que estaria impedindo os eleitores de votar. Em outro vídeo, o prefeito da cidade, Charles Camarense, disse ter recebido vários relatos de operações similares no Nordeste. Segundo ele, os atos parecem "orquestrados".

Em entrevista a jornalistas na tarde deste domingo, Moraes informou que, segundo o que foi relatado pelo diretor-geral da PRF, que esteve na sede do TSE, em Brasília, as operações foram realizadas com base no Código de Trânsito Brasileiro. 

"Isso, em alguns casos, retardou a chegada dos eleitores até a seção eleitoral, mas em nenhum caso impediu os eleitores de chegarem às suas seções eleitorais", afirmou Moraes.

Votação até as 17h

Durante a entrevista a jornalistas, o presidente do TSE descartou a possibilidade de ampliar o horário de votação, que terminou às 17h (horário de Brasília). 

"Não houve nenhum prejuízo no exercício do direito de voto e logicamente não haverá nenhum adiamento do término do horário da votação. A votação termina às 17h como planejado", disse Moraes.

*Com informações de Estadão e Reuters

Fonte: Redação Terra
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