Mulheres disputam 2º turno somente em sete capitais brasileiras; não houve candidatas eleitas no 1º turno
Apenas uma capital terá com certeza uma mulher como prefeita, já que o segundo turno é disputado por duas candidatas
Das 26 capitais brasileiras, apenas sete terão mulheres disputando uma vaga à prefeitura no segundo turno das eleições municipais de 2024. Neste domingo, 6, a corrida eleitoral foi definida no primeiro turno em 11 capitas, mas todos os eleitos foram homens. Em 27 de outubro, a vitória de uma mulher é certa em uma única capital, que é disputada por duas candidatas.
- Confira no Terra os resultados do primeiro turno das eleições 2024
Em Curitiba (PR), Cristina Graeml (PMB) entrou nessa batalha contra Eduardo Pimentel (PSD). Porto Alegre (RS), o cargo está entre o atual prefeito Sebastião Melo (MDB) e Maria do Rosário (PT). Já em Aracaju (SE) Emília Correa (PL) enfrenta Luiz Roberto (PDT).
Natália Bonavides (PT) e Paulinho Freire se encontram no segundo turno em Natal (RN); enquanto em Palmas (TO), isso fica a cargo de Janad Valcari (PL) e Eduardo Siqueira Campos (Podemos). Porto Velho (RO) terá a disputa entre Mariana Carvalho (União) e Léo Moraes (Podemos).
Campo Grande (MS) é o único município que terá com certeza uma mulher eleita, já que duas candidatas seguiram para o segundo turno: Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União). Adriane, inclusive, foi a primeira prefeita eleita na cidade.
De todos os resultados, apenas uma mulher aparece à frente na porcentagem de votos em relação a seus oponentes homens: Janad Valcari teve 39,22%, contra 32,42% de Eduardo Siqueira.
Ainda em análise ao cenário estabelecido nas eleições municipais, somente duas das oito políticas que conseguiram chegar ao segundo turno são de esquerda, Natália Bonavides, de Natal, e Maria do Rosário, de Porto Alegre.
Embora o número seja ligeiramente maior em relação à última eleição --em 2020, cinco capitais levaram candidatas mulheres ao segundo turno, mas nenhuma delas foi eleita-- expõe a verdade sobre a política: esse é um reduto ainda majoritariamente masculino e que ainda vê com desconfiança a força da mulher dentro da administração pública.