Antes do debate, candidatos criticam aumento para o STF
Maioria dos presidenciáveis considerou como "descabida" a medida de reajuste salarial dos ministros
Na chegada à sede da TV Bandeirantes, em São Paulo, na noite desta quinta-feira, 9, para o primeiro debate presidencial das eleições 2018, os candidatos fizeram coro para criticar a proposta de reajuste do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), decidida na véspera pelos ministros da Corte.
Alvaro Dias (Podemos) disse que a proposta, neste momento, é "descabida". Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que o STF não pode aprovar um aumento desse porte, de 16,38%.
Para Marina Silva (Rede), o momento não é de "privilégio para uns e sacrifício para outros". Geraldo Alckmin (PSDB) argumentou que o momento que o País vive não é de expansão de gastos, mas de contenção.
Já Henrique Meirelles (MDB) afirmou que o orçamento não tem capacidade para comportar o aumento dos salários do Supremo.
Além da proposta do STF, alguns candidatos aproveitaram para defender outras propostas de campanha.
Dias reforçou seu discurso de que é preciso acabar com o "sistema corrupto", que levou o país a "fracassar". Boulos, prometeu colocar no Ministério da Agricultura, se eleito, trabalhadores e representantes dos movimentos dos sem-terra.
Alckmin, por sua vez, afastou a ideia de que seja o candidato do mercado ou da gestão Temer. "Não existe candidato do mercado, vamos defender propostas". Na mesma linha, Meirelles declarou ser "o candidato da renda e do emprego".
Cabo Daciolo (Patriota) não quis responder sobre a proposta de reajuste do STF. Com uma Bíblia na mão, disse estar esperando pelo debate há quatro meses. "Glória a Deus que essa porta foi aberta, é como se a campanha começasse agora."