Na Justiça, Dilma é quem mais ataca e é atacada nas eleições
Desde o dia 19 de agosto, quando começou o horário eleitoral gratuito, teve início também um verdadeiro embate judicial entre as coligações dos candidatos que lideram a disputa à presidência da República. Até o dia 1º de outubro, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), chegaram a Justiça 123 representações, sendo que 55 delas foram feitas contra o PT, ao que em 16 dos casos a coligação de Dilma saiu derrotada nos tribunais. Com maior tempo de TV, os petistas também foram os que mais recorreram aos tribunais, em 48 oportunidades.
Entre as reclamações estão matérias jornalísticas, vídeos publicados no You Tube, ataques em programas eleitorais e até a imitação da voz do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao mesmo tempo em que foi o principal alvo da guerra judicial travada a partir do início do horário eleitoral gratuito, a coligação Com a Força do Povo foi a que mais atacou nos tribunais. Em 17 das vezes o alvo era a campanha de Aécio Neves. Marina Silva ficou logo atrás, tendo recebido 16 reclamações do PT por meio da Justiça.
Em uma das ações, o Partido dos Trabalhadores representou contra a campanha de rádio do candidato a senador pelo PSB de Goiás, Aguimar Jesuíno da Silva, justificando que ele tentou confundir os eleitores com a imitação da voz do ex-presidente Lula, pedido que foi acatado pelo tribunal.
Dilma representou ainda contra a campanha tucana, por ter divulgado que o governo federal teria investido recursos público nas construção de um porto em Cuba, entretanto, o pedido foi negado pela Justiça.
Em segundo lugar na batalha judicial aparece a candidata do PSB, Marina Silva, que recorreu à Justiça 42 vezes reclamando de calúnias propagadas por adversários.
Dilma foi alvo de 34 das ações de Marina por falar da posição da adversária em relação a autonomia do Banco Central, pré-sal e outros. A Justiça rejeitou 24 dos pedidos da candidata do PSB. Entre os alvos da coligação Unidos Pelo Brasil, também estavam Aécio Neves e o Google, alvos de duas ações, cada. No total, foram seis pedidos acatados e 25 negados, e as demais ainda tramitam sem definição.
A campanha de Aécio, e sua coligação Muda Brasil, entrou 22 vezes na Justiça, sendo que em 21 dos casos, o alvo era Dilma Rousseff. A maioria era de reclamações de irregularidades na campanha eleitoral. Os tucanos saíram vitoriosos em 15 das vezes.
Em uma das representações feitas pela coligação Muda Brasil, os tucanos reclamaram do fechamento de um posto de saúde na cidade de Guarulhos, em São Paulo, para a gravação de programa eleitoral. A Justiça determinou a suspensão da veiculação das imagens na TV.
Na defesa
Além de ter sido a que mais entrou na Justiça contra os adversário, os advogados do PT também trabalharam muito para responder as 55 representações feitas pelos adversários na Justiça, 34 delas vindas de Marina Silva e 21 de Aécio Neves.
Os tucanos tiveram que se defender de 19 ações, enquanto o PSB foi alvo de 17 representações, 16 vindas do PT.
Entre os partidos nanicos, o único que aparece é Levy Fidelix, que foi alvo de três representações na Justiça Eleitoral por conta de suas declarações consideradas homofóbicas.