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Na USP, Lula ironiza acusações de ‘ladrão’, critica Pedro Guimarães e chama Bolsonaro para debate

Ex-presidente fez discurso em faculdade de São Paulo e reuniu lideranças políticas nesta segunda-feira

15 ago 2022 - 23h07
(atualizado em 16/8/2022 às 09h07)
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O ex-presidente e candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, e o candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, participam da aula aberta "Universidade Publica e Democracia", realizada pelo Coletivo USP Pela Democracia, no vão do prédio de História e Geografia na Cidade Universitária
O ex-presidente e candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, e o candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, participam da aula aberta "Universidade Publica e Democracia", realizada pelo Coletivo USP Pela Democracia, no vão do prédio de História e Geografia na Cidade Universitária
Foto: Estadão

O ex-presidente Lula, candidato do PT à Presidência nas eleições deste ano, discursou em evento fechado na USP, em São Paulo, nesta segunda-feira, 15. Sem poder citar muito a candidatura, já que a propaganda eleitoral só é permitida a partir desta terça-feira, 16, o petista usou seu tempo para criticar o atual governo de Jair Bolsonaro (PL) e até ironizar as acusações de ser “ladrão” – em suas palavras – nos governos PT.

“Fizeram reportagens me chamando de ladrão e eu poderia ter desanimado, poderia fazer como faz a maioria dos políticos: metia o rabo no meio das pernas e vai se esconder. Mas estou aqui para dizer que vocês não têm o direito de desanimar e nem de dizer que todo político é ladrão. Quando não acreditarem em mais ninguém, acreditem em vocês e façam os políticos que vão lutar por vocês”, disse em sua fala no vão do prédio da Faculdade de Geografia, que ficou lotado com convidados e algumas pessoas que conseguiram entrar após enfrentar uma longa fila e passar por uma revista. A segurança de Lula tem sido uma das maiores preocupações da Polícia Federal nestas eleições.

Lula também aproveitou a ocasião e provocou Bolsonaro, chamando-o para um debate na USP. “O Bolsonaro poderia vir aqui fazer um debate. Ele não vem porque não gosta de estudante”, provocou, sendo muito aplaudido pela plateia formada, principalmente, pela militância petista.

Evento de Lula e Haddad na USP, em São Paulo
Evento de Lula e Haddad na USP, em São Paulo
Foto: Karen Lemos

O ex-presidente ainda criticou o que ele viu como uma piora no País desde que Bolsonaro assumiu o Executivo. “Esse País, que era motivo de orgulho em todos continentes, virou um pária. Por causa desse presidente da República, ninguém quer vir aqui”.

“Presidente da Caixa que pratica assédio vai tomar porrada”

O líder petista também criticou ex-integrantes do governo, como o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães, que renunciou ao cargo após acusações de assédio sexual

“Não vai mais ter presidente da Caixa que pratica assédio porque, se fizer, vai tomar tanta porrada que nem será presidente”, disse Lula, gerando aplausos.

Haddad, vaias e lideranças políticas

Lula e Haddad na USP
Lula e Haddad na USP
Foto: Estadão

Antes de Lula falar, Fernando Haddad, candidato do PT ao governo de São Paulo, disse em um rápido discurso que conheceu a USP ainda muito “elitista” quando era estudante. “Eu não tive um colega negro no Largo São Francisco [faculdade de Direito], e queria muito que o Lula viesse para a USP. Um operário que não teve a oportunidade de ter uma educação formal, mas, talvez por isso mesmo, tenha sido o presidente que mais abriu vaga nas universidades públicas do Brasil. Me dá muito orgulho ter sido ministro desse operário”, completou.

Além de Haddad, também marcaram presença no evento o deputado federal Alexandre Padilha (PT), o secretário-geral do PT, Paulo Teixeira, o candidato a deputado estadual Eduardo Suplicy (PT), a deputada federal e ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (Psol) – que foi muito aplaudida – e o candidato ao Senado Márcio França (PSB), que foi vaiado por duas vezes ao ser anunciado no microfone.

Luiza Erundina
Luiza Erundina
Foto: Karen Lemos

França ainda é visto com desconfiança pela militância petista por ter demorado a desistir de concorrer ao governo de São Paulo e apoiar Haddad.

Fonte: Redação Terra
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