'Não sou a favor de que bandido bom é bandido morto, mas se ele ameaça alguém é preciso ser detido', diz Datena
Candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB é o primeiro entrevistado da série de sabatinas da TV Globo
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O candidato à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) afirmou nesta segunda-feira, 23, que é contrário ao uso de violência e armas letais em usuários de drogas da cracolândia. O apresentador foi o primeiro entrevistado da série de sabatinas realizada pela TV Globo.
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"Na minha gestão, a GCM [Guarda Civil Municipal] não vai utilizar arma letal contra dependente químico. Arma letal é pra bandido. Não sou a favor de que o bandido bom é bandido morto, mas se ele ameaçar alguém da sociedade civil ou da polícia tem que ser detido. O dependente químico depende totalmente da ação da sociedade", disse.
De acordo com Datena, dependentes químicos precisam ser tratados "com carinho", mas é necessário também tratar de internação compulsória. Caso seja eleito, ele pretende criar mais clínicas de tratamento para usuários de droga: "Eu estenderia todos os braços sociais da Prefeitura. Faria mais clínicas com os prédios abandonados."
Para resolver o problema das enchentes, o candidato afirma que pretende realocar as pessoas que vivem em áreas de risco e trabalhar com o desassoreamento dos rios e com campanhas de conscientização.
'Cadeirada' em Marçal
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O candidato voltou a falar que não se arrepende de ter dado uma "cadeirada" em Pablo Marçal (PRTB) durante o debate da TV Cultura realizado no dia 15 de setembro. "Não consegui resistir, foi uma atitude humana, mas não me arrependo absolutamente de nada. Me arrependo que um gesto lamentável como esse tenha acontecido em um debate, que é um espaço democrático. Se eu faria de novo? Evidentemente que não", explicou.
Segundo o candidato, ele não concorda com agressões mesmo com divergências políticas e é importante que o debate fique "num plano democrático de respeito, porque o eleitor é o principal ator de uma eleição".
Segurança Pública e Transporte
Para a área de segurança pública, o candidato afirmou que sua gestão, caso seja eleito, terá como prioridade o combate ao crime organizado. Além disso, ele pretende dobrar o número de agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) de São Paulo, que hoje soma 7 mil contratados.
Questionado sobre o uso de fuzis pela GCM, Datena alegou que "depende da necessidade" e da frequência dos "crimes de rua". "Quando você for enfrentar o crime organizado e a vítima estiver correndo risco de morte, aí sim vão usar armas letais para evitar que as vítimas sejam mortas".
Já para o transporte, Datena disse que não é a favor da "tarifa zero" que é imposta na atual gestão, pois, segundo ele, o custo não é "zero". Ele explicou que é possível cobrar uma tarifa justa para os passageiros, mas que ainda não tem o valor de quanto seria.
O candidato também defendeu a implementação de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) na região central de São Paulo. Para ele, somente expandir os corredores de ônibus não seria o suficiente.
Saúde
Para a área da saúde, Datena afirmou que pretende construir mais Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e ampliar o número de hospitais contando com a parceria do setor privado para construir unidades na periferia.
"Se for possível vamos construi rmais UPAs, mais hospitais, eu vou tentar fazer funcionar. Construir hospitais não é difícil, principalmente na periferia. (...) Fazer uma proposta compartilhada para que se construa mais hospitais. Você pode autorizar o hospital com isenção fiscal de IPTU dentro da lei", completou.
