'Nossa parte a gente já fez, agora está com vocês', diz Boulos após votar em SP
Candidato do PSOL votou acompanhado de Marta, Marina e Sônia Guajajara e previu eleição com "emoção até o final"
O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo (SP), Guilherme Boulos, votou na manhã deste domingo, 6, no Centro Educacional Unificado (CEU) do bairro Campo Limpo, onde mora, na zona sul da capital paulista. Após sair da urna, Boulos afirmou que o voto em uma região de periferia é "simbólico" e previu uma eleição com "emoção até o final", como numa partida de futebol.
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"Vim aqui votar no CEU Campo Limpo, do lado da minha casa. Isso é muito simbólico. É a primeira vez que São Paulo tem a chance de ter um prefeito que mora na periferia. É simbólico porque vim acompanhado da minha vice, Marta Suplicy, que fez esse CEU e que criou os CEUs. Isso representa qual é o nosso projeto para São Paulo: é um projeto de esperança, de olhar para aquelas pessoas que estão esquecidas, invisíveis na fila da saúde, num ônibus lotado, nos seus bairros na periferia", disse aos jornalistas.
Acompanhado também das ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, Boulos disse estar na perferia não "para pedir votos, diferente de muitos". "Eu queria também passar uma mensagem para vocês: a nossa missão é colocar São Paulo no lugar que ela merece. É fazer uma cidade mais humana, mais justa. Todos vocês acompanharam que essa não foi uma eleição normal até aqui. A gente viu a marca da mentira, do ódio, coisas que São Paulo não merece"
"O desafio que nós temos também é derrotar esse extremismo violento, a mentira, o ódio. Isso também vai estar em jogo hoje nas urnas (...) A nossa parte a gente já fez, agora está com vocês", continuou o psolista.
Antes de ir embora, Boulos avaliou que sua participação na corrida eleitoral foi "propositiva" e "respeitosa", ao contrário de adversários. Os jornalistas, então, questionaram se ele preferiria disputar um segundo turno com Pablo Marçal (PRTB), cujo perfil no Instagram foi suspenso pela Justiça Eleitoral por indício de falsicação de laudo sobre drogas, ou com o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB).
"O que estava a nosso alcance para combater a mentira e a baixaria na eleição, nós fizemos. (...) Eu respeito a Justiça Eleitoral, vamos aguardar o tempo dela", concluiu o psolista.