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Nunes foge de pergunta sobre aborto durante debate da Cultura e fala de endometriose

Candidato à reeleição na capital paulista falou da construção de unidades de saúde, mas não respondeu à questão

15 set 2024 - 23h11
(atualizado em 16/9/2024 às 01h04)
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Nunes e Boulos trocam farpas e se acusam de falarem mentiras durante debate:

O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição em São Paulo nas eleições 2024, foi questionado sobre sua posição em relação ao aborto durante debate da TV Cultura na noite deste domingo, 15. Questionado pelo apresentador Leão Serva sobre a recusa de médicos de realizar abortos previstos em lei em hospitais públicos da cidade, ele tangenciou e fugiu do tema.

"A cidade de São Paulo restringiu recentemente o atendimento aos casos aborto previstos na legislação na rede do SUS. Isso agrada os eleitores mais religiosos, mas desagrada os eleitores laicos que consideram o aborto um direito previsto na legislação. O senhor pretende adotar qual postura em relação ao SUS e o aborto caso seja reeleito?", questionou o âncora. 

"Primeiro, cabe aqui um esclarecimento. A Prefeitura de São Paulo, como qualquer prefeito, cumpre a legislação e determinações judiciais. A questão do hospital da Cachoeirinha, os médicos desejaram e fizeram um remanejamento do atendimento. Nós tínhamos 1.200 mulheres na fila para fazer a cirurgia de endometriose. Era necessária uma readequação para atender essas mulheres. Nós já fizemos mais de 1.000 cirurgias de endometriose", respondeu Nunes. 

Ricardo Nunes (MDB)
Ricardo Nunes (MDB)
Foto: Reprodução/Youtube Tv Cultura

Em dezembro de 2023, a prefeitura de São Paulo suspendeu no Hospital Municipal e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte da capital, com a justificativa de aumentar a capacidade para a realização de outras cirurgias.

A legislação brasileira autoriza a interrupção de gestação em alguns casos, como: decorrente de estupro, risco à vida da gestante ou diagnóstico de anencefalia do feto. Nesses casos, o serviço deve ser oferecido gratuitamente. 

O Hospital Vila Nova Cachoeirinha era referência na realização de aborto legal e o único no Estado autorizado a realizar o procedimento em mulheres com mais de 22 semanas de gestação. 

Fonte: Redação Terra
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