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Nunes (MDB) e Boulos (PSOL) se encontram no último debate do 2º turno pela Prefeitura de São Paulo

Nesta sexta-feira, 25, a dois dias da eleição, os candidatos participam de debate promovido pela Rede Globo

25 out 2024 - 22h15
(atualizado às 23h51)
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Foto: Reprodução/TV Globo

Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) participam do terceiro e último debate do segundo turno pela Prefeitura de São Paulo, promovido pela Rede Globo, na noite desta sexta-feira, 25. Os eleitores da capital decidirão quem seguirá à frente da cidade mais rica e populosa do Brasil em dois dias, no domingo, 27. 

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Com ordem definida em sorteio, Nunes foi o primeiro a falar e começou levantando o tema da segurança pública. Além de citar projetos que promoveu, perguntou o porquê de Boulos não ter votado em um projeto da Câmara, de Kim Kataguiri, sobre o aumento de pena de criminosos. 

Boulos, foi claro ao responder, explicando que não votou porque não estava na sessão da Câmara. “No momento, eu estava em reunião no Palácio do Planalto com Lula”.

Boulos, na sequência, relembrou o apagão, citou a privatização Sabesp e levantou a questão dos cemitérios. “Tem custado muito ao povo de São Paulo. Você sabe quanto custa para uma família fazer uma oração na capela de um cemitério que você privatizou hoje?”.

Nunes a princípio não respondeu e voltou a questionar sobre o projeto de aumento de pena. Depois, explicou que o serviço funerário era um dos piores serviços de avaliação de São Paulo. “As agências terríveis, os cemitérios terríveis. Nós fizemos as concessões, que é assim um governo liberal.” 

Segundo ele, a tabela de preço é a de 2019, inscritos no CadÚnico não pagam pelo serviço de enterro e velório e há 25% de desconto no enterro social. A resposta sobre o valor do uso da capela veio de Boulos: R$ 580. Nunes seguiu fugindo da questão do valor.

“Você deixa as pessoas nos piores momentos”, disse Boulos, atacando Nunes, citando a questão do velório, do apagão que atingiu São Paulo e da privatização da Sabesp, que pode se tornar “a Enel da água”. E, falando sobre segurança, retomou a história das crianças brincando na praça da Sé.

No debate anterior, promovido pela Record com o Estadão e a Rádio Eldorado, o atual prefeito que tenta a reeleição, Nunes, disse ter visto crianças brincando de noite na Praça da Sé, na região central da capital, o que gerou reações de seu adversário, Boulos: "Olha a fantasia". 

Boulos, então, perguntou a Nunes se ele deixaria seus filhos e netos brincarem na região às 23h da noite. Nunes seguiu elogiando a região e retomou a história do projeto do Kim Kataguiri, novamente. 

E, assim como no último debate, Nunes seguiu aproximando Boulos ao extremismo e tentando opor o candidato a pautas alinhadas à direita – como questões em torno da polícia militar, drogas e aborto –, insinuando que Boulos defende criminosos.

Respondendo sobre a questão da descriminalização das drogas, Boulos respondeu na linha que tem repetido nos últimos eventos: que “traficante é caso de polícia” e que “usuário não tem que ser preso, tem que ser tratado e recuperado”.  

Saúde e trabalho

No segundo bloco, Boulos foi o primeiro a perguntar e escolheu o tema Saúde. O psolista levantou números, e perguntou o porquê dos R$ 22 bilhões que estão no caixa da cidade não serem direcionados “de verdade para cuidar da saúde das pessoas”.

Nunes dessa vez não fugiu do assunto e falou que, em 466 anos da cidade, até 2020, São Paulo contava com 20 hospitais. Depois disso, segundo ele, passaram para 30 – com ele e Bruno Covas tendo feito 10 hospitais. Sobre as Upas, disse que até 2017 tinham 3 e, agora, são 30. Sua promessa é de que sejam abertas mais 15 Upas no próximo mandato.

Boulos, que também aproveitou o tópico para falar sobre o seu projeto “poupatempo da saúde", questionou os progressos de Nunes, citando que ele fechou unidades de saúde para abrir outras. “Cobrir um pé, descobrindo o outro…”, disse. 

Os dois debateram propostas, falando diretamente com o eleitor com tom firme e seguindo “ariscos” um com o outro. Ainda sobre saúde, Nunes que criará um Centro TEA e perguntou o que Boulos achava disso. Boulos rebateu que pretende abrir cinco. 

Depois, o tema foi trabalho – mas o assunto acabou caindo para a questão dos CEUs. Boulos questionou o porquê Nunes não entregou nenhum CEU novo em sua gestão. Nunes disse que a cidade tem 58 CEUs, tendo sido 12 entregues por Bruno Covas, e que ele fez a reforma de todos. Além disso, disse que abriu a licitação para mais 6 equipamentos do tipo. 

Retorno de fantasmas

No terceiro bloco, com tema livre, Boulos e Nunes voltaram a trocar acusações sobre investigações e condenações. Boulos trouxe à tona a questão da máfia das creches, e Nunes a questão das condenações da justiça eleitoral contra Boulos. O pedido de Boulos para que Nunes abra seu sigilo bancário também foi retomado. Nunes bateu na tecla de ter uma “vida limpa”. 

Em meio ao embate, Nunes foi advertido pelo mediador por usar o telefone celular para ler documentos. Por conta disso, Boulos disparou que Nunes não sabe andar de bicicleta sem rodinha: “Uma rodinha é o Tarcísio e a outra é Bolsonaro, se não tiver ele cai”.

Nunes falou sobre uma ocorrência contra Boulos, como representante do MTST, por ação contra a polícia militar. Já Boulos falou sobre a ida de Nunes para a delegacia por ter dado um tiro para cima em porta de boate, em Embu das Artes. Os dois se defenderam. Boulos disse que estava defendendo famílias que estavam sendo despejadas. Nunes disse que sua situação foi há 20 anos, que estava separando uma briga e que a questão nem chegou a contar com inquérito. 

Os dois seguiram relembrando fantasmas que tem sido debatidos ao longo de todo o segundo turno. 

População de rua

No quarto e último bloco, Nunes começou escolhendo o tema moradia. Boulos se manteve fisicamente próximo de Nunes, e Nunes tentou se distanciar do psolista. O atual prefeito chegou a tentar emplacar a frase de que o psolista estaria “invadindo” seu espaço no palco e Boulos reclamou, dizendo que Nunes tem medo do “olho no olho”.

O embate se manteve no tópico da população de rua. Boulos pediu, mais de uma vez, para que o prefeito explicasse o porquê a população de rua aumentou durante seu mandato. E Nunes, em todas as vezes, manteve o discurso de que a gestão está lidando com a situação, com diversos projetos voltados para a população.

Depois foi a vez do Boulos escolher o tema, que foi mobilidade. Os dois quebraram a “quarta parede” para falar direto com o eleitor e buscaram descredibilizar um ao outro, com relação a projetos e "falta de conhecimento”. Nisso, Boulos falou que o prefeito vive na ‘Ricardolândia’ e Nunes se disse assustado ao clamar por mais verdades no debate. 

Sobre o debate

O debate, mediado pelo jornalista César Tralli, contou com quatro blocos. No primeiro e no terceiro, eles debateram temas livres por 20 minutos. No segundo e no quarto tiveram 20 minutos para debaterem sobre dois temas determinados. E, ao final, no quarto bloco, cada um teve dois minutos para considerações finais. 

O debate contou com plateia, com convidados da TV Globo e dos dois candidatos.

*Matéria em atualização

Fonte: Redação Terra
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