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"O bolsonarismo está fazendo uso oportunista do fato", diz Haddad sobre tiros em Paraisópolis

Petista comentou tiroteio que interrompeu agenda de campanha de Tarcísio de Freitas, durante participação no 'Roda Viva', da TV Cultura

17 out 2022 - 22h59
(atualizado em 18/10/2022 às 08h36)
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"O bolsonarismo está fazendo um uso oportunista do fato", diz Haddad no Roda Viva
"O bolsonarismo está fazendo um uso oportunista do fato", diz Haddad no Roda Viva
Foto: Reprodução/TV Cultura

O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) afirmou que "o bolsonarismo está fazendo um uso oportunista do fato", ao se referir ao tiroteio que interrompeu a agenda de campanha do também candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) na manhã desta segunda-feira, 17, em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. 

A crítica de Haddad foi feita durante o programa Roda Viva, da TV Cultura. Horas antes, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, João Camilo Pires, disse que considera "prematuro" afirmar que o candidato Tarcísio de Freitas foi alvo de um atentado e afirmou que parece "que houve um 'ruído' por causa da presença da polícia na área". 

"Vejo [o episódio] com muita preocupação porque minha inclinação inicial em casos como esse é sempre ouvir a autoridade policial. Tem policiais militares, policiais civis que chegam ao local da ocorrência e fazem uma investigação preliminar. [E eles] deram entrevistas inclusive sobre o episódio e afastaram, com alguma reserva, a questão de atentado político, motivação política", afirmou Haddad. 

Haddad afirmou que entrou em contato com Tarcísio após o ocorrido. "Uma da tarde liguei para o Tarcísio, que me retornou sete horas, seis horas depois, devia estar atribulado. E ele próprio me relatou que descartava qualquer motivação política no que teria acontecido em Paraisópolis", disse Haddad. "Então eu acho que o bolsonarismo tá fazendo um uso oportunista do fato de já levar pra TV, já torná-lo uma vítima de um atentado político", acrescentou.

O petista também disse que considera que cravar o ocorrido como atentado "revela uma pressa, que realmente causa apreensão" e que isso é feito "para reverter as tendências eleitorais, tentar nacionalizar o problema". 

"Inclusive, esse tipo de coisa põe em risco a vida do Tarcísio e a minha, porque isso causa um tipo de alarde, de forma oportunista, para tentar ganhar algum dividendo eleitoral", disse o candidato petista. 

Fonte: Redação Terra
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