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O que esperar da pesquisa Datafolha hoje? Veja o que afirmam analistas ouvidos pelo 'Estadão'

Nova rodada da pesquisa de intenção de voto para presidente será divulgada na noite desta quinta-feira, 15

15 set 2022 - 07h11
(atualizado às 07h41)
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Lula, Bolsonaro, Ciro e Simone Tebet são os candidatos mais citados em pesquisas
Lula, Bolsonaro, Ciro e Simone Tebet são os candidatos mais citados em pesquisas
Foto: Ueslei Marcelino/ Reuters, Isac Nóbrega/PR, Adriano Machado / Reuters Por Redação / Estadão

O Datafolha divulga nesta quinta-feira, 15, uma nova rodada da pesquisa de intenção de voto para presidente. No levantamento mais recente, do dia 10 de setembro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a liderança na disputa pelo Planalto com 45% das intenções de voto, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) oscilou dois pontos para cima e chegou a 34%. Para cientistas políticos ouvidos pelo Estadão, o cenário de estabilidade deve ser mantido.

    Para Ricardo Ismael, cientista político e professor da PUC-Rio, os levantamentos devem manter a dúvida se esta eleição será definida no primeiro turno ou não. "Como não temos nenhum fato novo, acredito que esta é uma dúvida que fica para as próximas semanas. Apesar da distância entre Lula e Bolsonaro ter diminuído no Datafolha, o ex-presidente tem uma diferença confortável e deve manter o mesmo parâmetro da semana passada", analisou.

    O cientista político observa que o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e a senadora Simone Tebet (MDB) não tiveram evento onde pudessem se destacar na última semana. "Simone subiu por conta da performance no debate para a Band. Acredito que ela e Ciro não devem cair nem subir no novo levantamento", afirmou.

      De acordo com Aldo Fornazieri, professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP), a tendência é de que as pesquisas se mantenham em um cenário estável, com poucas diferenças que podem ser explicadas pela margem de erro — 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. Fornazieri acredita que as repercussões do bicentenário da Independência não foram tão positivas quanto pareceram em um primeiro momento.

      "A fala do 'imbrochável' não pegou bem, Bolsonaro deu um tom sexual à fala e, considerando seu cargo, degradou tudo o que significa ser um presidente da República. Foi um golpe na imagem do presidente e deve ter um efeito corrosivo entre a classe média de 2 a 5 salários mínimos", afirmou cientista político.

      Quanto a Ciro Gomes e Simone Tebet, 3º e 4º colocados nas últimas pesquisas, Fornazieri prevê que devem continuar empatados na margem de erro.

      Atualizado nesta quarta-feira, 14, o Agregador de Pesquisas do Estadão mostra liderança do ex-presidente Lula, com 44% das intenções de voto, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro, 33%. O cálculo inclui as pesquisas mais recentes, lançadas pelo instituto Quaest e PoderData. Se forem considerados os votos válidos (sem contar nulos, brancos e indecisos), o petista lidera por 49% a 37%.

      Estadão
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