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'Otimismo, 'serenidade', 'nós contra todos': as reações oficiais dos candidatos à pesquisa Datafolha

Levantamento divulgado nesta quinta-feira colocou Boulos, Nunes e Marçal em empate técnico na liderança; ex-coach subiu sete pontos e ultrapassou numericamente o prefeito

22 ago 2024 - 20h10
(atualizado em 23/8/2024 às 17h02)
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Os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo procuraram demonstrar serenidade em suas reações oficiais à última pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira, 22, que mudou o cenário da disputa.

O principal destaque foi o desempenho de Pablo Marçal (PRTB), que subiu sete pontos em relação ao levantamento anterior e agora está em empate técnico com Guilherme Boulos (PSOL) e com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) na liderança. Boulos tem 23%, Marçal tem 21% e Nunes 19% —ou seja, o ex-coach superou numericamente o atual prefeito.

O ex-apresentador José Luiz Datena (PSDB) pontuou 10%, Tabata Amaral (PSB) apareceu com 8% e a economista Marina Helena (Novo) manteve seus 4%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Confira o que disseram os candidatos, em suas redes sociais e por meio das suas campanhas, depois da divulgação da pesquisa:

Guilherme Boulos (PSOL)

Boulos, que lidera a pesquisa, disse que sua candidatura é a única que pode ser contraponto ao bolsonarismo na capital paulista. Ele também atacou o prefeito Ricardo Nunes.

"A nova pesquisa Datafolha reitera a liderança de Guilherme Boulos, com um eleitorado muito consolidado. Também reforça que a cidade quer mudança e não está satisfeita com o atual prefeito, sentimento refletido pela queda da avaliação da gestão de Ricardo Nunes pela segunda pesquisa consecutiva do instituto. Além disso, somos a candidatura capaz de enfrentar o avanço do bolsonarismo na cidade de São Paulo, representado tanto por Nunes quanto por Pablo Marçal", declarou o psolista em nota.

Nas redes sociais, Boulos exaltou o "crescimento" da sua chapa com Marta Suplicy (PT) — na verdade, o deputado oscilou positivamente um ponto percentual, dentro da margem de erro.

Pablo Marçal (PRTB)

Pablo Marçal, por sua vez, escreveu que "somos só NÓS (o povo e Deus) contra tudo e todos. A piada virou pesadelo e não vai ter segundo turno". O candidato também acusou os adversários de covardia por faltarem ao debate. "Eu vou bater forte nesses covardes que não foram ao debate. Usarei ferramentas novas de PNL [programação neurolinguística] contra eles. Será a eleição mais dinâmica da história do país."

Em suas redes sociais, o candidato postou prints da divulgação das pesquisas e usou seu bordão "faz o M".

Ricardo Nunes (MDB)

Ricardo Nunes, que caiu quatro pontos, usou o termo "serenidade" para descrever sua reação. "A campanha do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), avalia a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (22/8) com serenidade. No levantamento sobre o primeiro turno, há um empate técnico na primeira colocação e, sobre o segundo turno, larga vantagem a favor de Nunes", diz a nota do prefeito.

Até a publicação deste texto, o emedebista não havia postado nada em suas redes sociais.

Tabata Amaral (PSB)

Tabata Amaral, que oscilou um ponto para cima, avaliou positivamente o resultado e o fato de ser a candidata com a menor rejeição. "A campanha da Tabata Amaral avalia como positiva a pesquisa Datafolha de hoje para sua candidata. Ela cresceu, dobrou sua porcentagem na [pesquisa] espontânea, diminuiu o desconhecimento e segue sendo a candidata com a menor rejeição", afirmou a campanha em comunicado.

"A pesquisa mostra também que o eleitorado percebe a coragem de Tabata em enfrentar Marçal nos debates e a avalia positivamente por mostrar propostas concretas e postura equilibrada, ao contrário do Marçal, que vê a sua rejeição crescer. Tabata seguirá enfrentando a disputa com coragem, mostrando sua capacidade como a melhor gestora pública que São Paulo pode ter", acrescentou a nota da campanha.

José Luiz Datena (PSDB)

Datena disse que não comentaria a pesquisa, mas comentou — comemorando seus números entre os eleitores mais pobres. "Não contesto pesquisa. Não comento pesquisa. Ela reflete a vontade do povo nesse momento. Fico muito feliz de termos o reconhecimento dos eleitores mais pobres, onde temos 15%. Vamos em frente e trabalhar ainda mais."

Marina Helena (Novo)

Marina Helena, que não variou nenhum ponto, comemorou o crescimento da direita, representada pelo seu adversário Pablo Marçal. "O Datafolha mostra que há uma avenida aberta para candidatos da direita. Os paulistanos que se opõem ao PT estão percebendo que Nunes, apesar de apoiado por Bolsonaro, não representa seus valores. Vamos mostrar que Marina é a candidata que mais representa esse público e a que tem mais coragem para enfrentar os donos do poder", declarou a campanha da economista em nota.

Estadão
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