'Padre Kelmon carioca' e 'soldado de Lula': veja as frases mais emblemáticas do 1º debate do Rio
Debate da Band entre os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro aconteceu nesta quinta-feira, 8
Figura de grande repercussão na eleição presidencial de 2022, o Padre Kelmon esteve entre os assuntos mais comentados do X (antigo Twitter) nesta quinta-feira, 8. O motivo foi uma fala de Tarcísio Motta (PSOL) a Rodrigo Amorim (União) durante o 1º debate para a Prefeitura do Rio de Janeiro. Entre ataques e polarização, o encontro, que também contou com Eduardo Paes (PSD), Marcelo Queiroz (PP) e Alexandre Ramagem (PL), rendeu nas redes sociais.
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Tarcísio Motta (PSOL)
Um dos momentos 'quentes' do debate foi quando Tarcísio resolveu ironizar a "camaradagem" entre Alexandre Ramagem e Rodrigo Amorim, ambos candidatos bolsonaristas. Enquanto citava o suposto envolvimento do delegado na 'Abin Paralela', o psolista brincou:
"Até apoio do Padre Kelmon carioca você tem, para ficar fazendo essas dobradinhas", disse Tarcísio Motta, se referindo à Amorim.
Em outro momento, Tarcísio Motta já tinha alfinetado Eduardo Paes e os candidatos alinhados a Jair Bolsonaro:
"Tem gente aqui que quer continuar governando a cidade por 16 anos. Outros representam uma extrema direita que, quando foi eleita, prometia cuidar das pessoas e só entregou mentiras", afirmou o psolista.
O candidato citado por Tarcísio Motta concorreu à Presidência em 2022 pelo PTB e foi apontado por servir de palanque a Bolsonaro durante os debates. Nas redes sociais, o psolista repercutiu a frase dita ao vivo.
Ramagem, Bolsonaro e o Padre Kelmon carioca (aquele que só veio pra fazer dobradinha) pic.twitter.com/6XpcS3FrQ4
— Tarcísio Motta (@MottaTarcisio) August 9, 2024
Rodrigo Amorim (União)
Em resposta a Tarcísio Motta, Amorim citou outra candidata à Presidência na eleição de 2022, a atual ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet:
"Engraçado. Você [Tarcísio] está fazendo um papel semelhante ao da Simone Tebet. Eu prefiro ser Padre Kelmon à Tebet", rebateu Rodrigo Amorim.
Além de Tarcísio Motta, o candidato do União Brasil e deputado estadual também mirou em Eduardo Paes. Com o prefeito, Amorim usou termos como "nervosinho", "filho ingrato de [Sérgio] Cabral" e chegou a citar o presidente do Brasil:
"Fui designado a compor uma frente conservadora contra a esquerda e contra o projeto do 'soldado do Lula'", disse Amorim em indireta à Paes.
Eduardo Paes (PSD)
Principal alvo durante todo o debate, Eduardo Paes também se destacou nos posicionamentos ao longo do debate. Quando perguntado por Alexandre Ramagem sobre a questão da segurança pública na capital fluminense, o prefeito respondeu:
"Isso [insegurança] é em razão de um grupo político que há seis anos comanda a segurança pública do estado do Rio de Janeiro e é incapaz de dar as respostas adequadas ao problema (...) O governador, padrinho de Ramagem, que não cumpre seu papel e deixou o Rio neste estado", argumentou, citando Cláudio Castro (PL).
Em outro momento, o prefeito do Rio de Janeiro usou um direito de resposta para defender a Transbrasil, via expressa do BRT na Avenida Brasil, e 'cutucar' os adversários Amorim e Ramagem:
"Não vamos deixar ninguém acabar com o BRT como esses dois candidatos querem acabar", destacou o prefeito.
Alexandre Ramagem (PL)
A estratégia do candidato apoiado por Jair Bolsonaro foi usar grande parte de seu tempo para atacar Eduardo Paes, apoiado por Lula e que tenta reeleição. Logo no início do debate, o delegado fez questão de diferenciar sua imagem política da do prefeito:
"Quero enfrentar todas as questões que o atual prefeito prefere ignorar", ressaltou.
Ramagem ainda criticou o candidato do PSD ao questioná-lo sobre o problema de segurança pública no Rio de Janeiro:
"O Eduardo Paes sempre lavou as mãos [sobre a segurança pública] e acusou o governo estadual e o governo federal".
Marcelo Queiroz (PP)
Enquanto alguns políticos optaram pelo caminho da polarização durante o debate, o candidato do Progressistas deixou claro que não apostaria na narrativa:
"Quero ser uma opção diferente, longe dos extremos. Uma opção que leve o Rio para frente", prometeu
Queiroz ainda usou Eduardo Paes como alvo ao ser questionado sobre os Ginásios Educacionais Tecnológicos (Get) do município. Na resposta, ele decidiu focar nos servidores e criticar o prefeito:
"Fui teu secretário de administração e fiz um bom trabalho, mas o que me fez estar aqui hoje foi que você tem mais de 30 secretarias e extinguiu a de administração, que cuida do servidor público. A prefeitura, que antes pensava o Rio de Janeiro, pensa hoje só em política".