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Para vencer agora, Bolsonaro precisa do quanto já conquistou

Em votos válidos, candidato teria que subir mesma pontuação que cresceu desde 20 de agosto

6 out 2018 - 21h35
(atualizado às 22h09)
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Para ganhar no primeiro turno da eleição presidencial, como defende entre seus apoiadores, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) teria de ganhar em um dia a mesma quantidade de eleitores que conquistou desde o início da campanha eleitoral, conforme a série de pesquisas do Ibope.

No levantamento apresentado pelo instituto neste sábado, 6, véspera da eleição, o candidato do PSL aparece com 41% das intenções de votos válidos para o primeiro turno da disputa.

O candidato Jair Bolsonaro no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.
O candidato Jair Bolsonaro no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo

No dia 20 de agosto, quando o Ibope divulgou a primeira pesquisa após o início oficial da campanha, ele tinha 32% no mesmo critério. Ou seja, ganhou nove pontos porcentuais de votos válidos ao longo da campanha - exatamente a quantidade que faltaria para ele ter 50% dos votos válidos. Para que um candidato vença a eleição já neste domingo, 7, ele precisaria ter 50% dos votos válidos mais um voto.

Em seu último discurso transmitido ao vivo pelo Facebook antes do primeiro turno, na noite deste sábado, 6, Bolsonaro fez um balanço da campanha e pediu aos eleitores que convençam outras pessoas a votar nele, para que a eleição termine já no primeiro turno.

"Quero pedir a vocês: de hoje para amanhã, se cada um de vocês conseguir lutar por mais um voto apenas, nós liquidamos essa fatura no primeiro turno e não teremos que comparecer às urnas no dia 28. Dá pra fazer isso, tem muita gente indecisa ainda", clamou o candidato.

Bolsonaro também se comprometeu a fazer um governo para todos os brasileiros: "Vamos fazer um governo para todos, independente de religião, até para quem é ateu, para os gays, vamos jogar pesado na questão da segurança pública, vamos junto ao parlamento lutar para que o cidadão de bem, caso queira, possa comprar uma arma e ter dentro de casa, que se acabe com os saidões, com a progressão de pena", afirmou Bolsonaro.

Nesse trecho, o candidato comentou a situação do rapaz que o esfaqueou durante um ato de campanha, em Juiz de Fora, em 6 de setembro: "Olha esse cara que deu a facada em mim, já tem um montão de advogados querendo botar ele em liberdade. Tem problema mental? Se tem problema mental tinha que esfaquear todo mundo, não eu. É um maluco que sabe o que quer fazer", contestou.

Em outro trecho do discurso, Bolsonaro afirmou que "vai curar" quem defende a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): "Eu não saí na rua, mas meus filhos, as pessoas, ninguém vê nas ruas gente com camisas de outros candidatos, a não ser uns malucos (que pedem) "Lula Livre", mas esse pessoal, a gente vai curar esse pessoal", afirmou. Depois, rindo, completou: "A gente vai curar com trabalho, o antídoto é carteira de trabalho. Tem muita gente que votou no PT e está do nosso lado".

A pesquisa foi realizada entre sexta-feira, 5, e este sábado, 6. O Ibope ouviu 3.010 votantes. A margem de erro estimada é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral. O levantamento foi contratado pelo jornal O Estado de S.Paulo e pela TV Globo e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01537/2018.

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