Eduardo Pimentel e Cristina Graeml disputarão segundo turno em Curitiba (PR)
Disputa no segundo turno surpreende
A eleição para a Prefeitura de Curitiba (PR) será decidida em segundo turno. O atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD), e a jornalista Cristina Graeml (PMB) se enfrentarão nas urnas mais uma vez. O segundo turno das eleições municipais será em 27 de outubro.
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Com 100% das urnas apuradas, na noite deste domingo, 6, Pimentel teve 33,51% dos votos válidos, e Cristina Graeml, com 31,17%.
A disputa no segundo turno surpreende. Pimentel aparecia sempre liderando as pesquisas, que indicavam empate técnico na segunda colocação entre Ney Leprevost (União) e Luciano Ducci (PSB). Cristina Graeml só subiu nas pesquisas um dia antes da eleição.
Veja desempenho de todos os candidatos:
- Eduardo Pimentel (PSD) - 33,51% (313.347 votos);
- Cristina Graeml (PMB) - 31,17% (291.523 votos);
- Luciano Ducci (PSB) - 19,44% (181.770 votos);
- Ney Leprevost (União) - 6,49% (60.675 votos);
- Luiz Alves (Solidariedade) - 4,41% (41.271 votos);
- Maria Victoria Barros (PP) - 2,19% (20.497 votos);
- Roberto Requião (Mobiliza) - 1,83% (17.155 votos);
- Andrea Caldas (PSL) - 0,86% (8.021 votos);
- Samuel Figueiredo (PSTU) - 0,06% (569 votos);
- Felipe Bombardelli (PCO) - 0,04% (341 votos).
A corrida eleitoral
Berço da Operação Lava Jato, Curitiba teve uma disputa eleitoral que fez jus à importância que a capital ganhou nos últimos anos. Entre os dez candidatos à prefeitura, grandes caciques locais tentaram chegar à chefia do Executivo municipal.
Atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD) aglutinou apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Deltan Dallagnol, ex-deputado federal e ex-procurador da Lava Jato. Sua coligação é composta por Novo, PL, MDB, Republicanos, Podemos, Avante e PRTB.
Durante a campanha eleitoral, Pimentel sempre apareceu à frente nas pesquisas. No comparativo de levantamentos feitos pela Quaest entre 27 de agosto e 17 de setembro, o atual vice-prefeito cresceu expressivamente, saindo de 19% das intenções de voto para 36%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Quem aparecia em segundo lugar era Luciano Ducci (PSB). Apoiado por Lula, ele chegou a amargar alguma queda no período analisado pela Quaest, saindo de 18% para 15% das intenções de voto.
Na cola do socialista, em terceiro lugar, estava Ney Leprevost. O candidato do União Brasil começou a disputa com 14% das intenções de voto, mas vinte dias depois estava com 12%.
Um dia antes da eleição, a pesquisa Quaest mostrou Eduardo Pimentel com 30% dos votos válidos, Cristina Graeml, 26%, e Luciano Ducci, 23%. Com margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos. A contagem em votos válidos é a maneira como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulga os resultados das eleições, sem contar os votos nulos e brancos.
Quem é Eduardo Pimentel
Atual vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD) é administrador por formação e ocupou o cargo nos dois mandatos do atual prefeito Rafael Greca (PSD). Em janeiro de 2023, o político de 40 anos foi nomeado secretário das Cidades do governo do Paraná, a convite do governador Ratinho Júnior (PSD). Ele ficou no cargo até oficializar sua candidatura à prefeitura.
Antes disso, em 2010, Pimentel disputou a eleição para deputado estadual, mas ficou na suplência. Sua carreira política inclui cargos como diretor da Casa Civil, da Fundação Cultural de Curitiba e das Centrais de Abastecimento do Paraná. Pimentel também foi secretário municipal de Obras.
Quem é Cristina Graeml
Cristina Graeml é jornalista, atuou na TV por 26 anos e, até o início da campanha eleitoral, atuava como colunista do jornal Gazeta do Povo. Aliada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ela se apresenta em suas redes sociais como "cristã" e "direita raiz".
Embora Pimentel tenha sido de fato apoiado por Bolsonaro, ela se validou da aproximação com o ex-presidente e conseguiu uma autorização para publicar uma foto com ele durante a campanha.
Ela também se aliou ao movimento criado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL), cobrando um posicionamento dos senadores do PSD a respeito do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).