No PR, Requião quer dissolver Executiva estadual do PMDB
A carta branca da Executiva do PMDB para que deputados apoiem o governador Beto Richa (PSDB) e a movimentação de alguns membros do comando do partido, liderando manifestações contra a candidatura de Roberto Requião, levou o senador a pedir intervenção na Executiva Estadual do partido.
A questão já está na pauta do diretório estadual que poderá votar a questão na próxima sexta-feira. Antes disso, o partido tentará resolver a questão internamente, em uma reunião marcada para esta quarta-feira, em que será sugerido que os membros da Executiva que não concordam com a candidatura de Requião se licenciem de suas funções partidárias durante a campanha.
Os alvos do pedido são o presidente da legenda, deputado federal Osmar Serraglio; o secretário-geral, ex-governador Orlando Pessuti; e o deputado estadual Reinhold Stephanes Júnior (terceiro vice-presidente), que, após sua tese de coligação com Beto Richa ser derrotada na convenção do partido, têm feito campanha aberta contra Requião e a favor da reeleição do governador.
O primeiro vice-presidente do partido, deputado Nereu Moura, disse que o esforço é para que o impasse seja solucionado democraticamente. “O Requião não quer briga com ninguém. Ele só quer que o partido faça a campanha ao governo. Nós estamos trabalhando para uma solução amigável. A licença seria uma saída”, disse Moura, citando que nem mesmo o site do PMDB na internet faz referência à candidatura ao governo do partido.
Stephanes Junior avisou que não pretende ceder às pressões. “Comigo não tem acordo. O Requião pode propor o que ele quiser. Não me afasto”, afirmou.
Já Pessuti não vê legitimidade na convocação do diretório para aprovar a intervenção na executiva. De acordo com o ex-governador, somente a direção nacional do partido teria a prerrogativa de propor a dissolução da executiva estadual.