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PDT oficializa candidatura à presidência de Ciro Gomes

A convenção foi a primeira entre os presidenciáveis e oficializou a quarta tentativa do ex-governador do Ceará de chegar ao Planalto

20 jul 2022 - 16h00
(atualizado às 18h16)
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PDT oficializa candidatura à presidência de Ciro Gomes
PDT oficializa candidatura à presidência de Ciro Gomes
Foto: Mateus Bonomi / Estadão

O PDT lançou nesta quarta-feira (20), a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes na disputa pelo Palácio do Planalto. A convenção, em Brasília, foi a primeira entre os presidenciáveis e oficializou a quarta tentativa do ex-governador do Ceará de chegar à Presidência da República. Sem ter conseguido até agora o apoio de nenhuma outra legenda, Ciro tenta romper a polarização da política nacional entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estão à frente nas pesquisas de intenção de voto.

Ciro Gomes em seu discurso de oficialização da candidatura usou boa parte do tempo para lançar críticas ao governo Bolsonaro. Citou o orçamento secreto, as decisões durante a pandemia, o envolvimento dos militares e uso de programas sociais em ano eleitoral. O candidato do PDT prometeu, caso ganhe, acabar com a reeleição e fazer com que Jair Bolsonaro seja julgado em tribunais internacionais por genocídio na pandemia do covid-19.

“Meu compromisso com o povo brasileiro é lutar contra a realidade cruel e vencermos juntos essa batalha de vida ou morte para a maioria do povo trabalhador do País. Nunca o Brasil teve um presidente tão insensível e incompetente como o que ocupa atualmente o Palácio do Planalto. Usar e emporcalhar são os melhores termos para definir os métodos de permanência. Ele não trabalha, é um grande preguiçoso. Não executa nenhuma ação a favor do povo brasileiro", disse o candidato.

Ciro também usou sua fala para voltar a criticar os governos do PT, focando no modelo econômico. "O modelo social é o pobrismo. Que entre outras coisas procura pacificar e contentar os pobres com migalhas e transferir o centro da verdadeira riqueza para os ricos. Em um banquete dos ricos e o resto para os pobres. Collor preparou a cozinha, Fernando Henrique Cardoso serviu a mesa e Lula temperou a comida. Dilma, Temer e Bolsonaro apenas requentaram o prato", defendeu.

"Como eles nunca fizeram uma reforma estrutural necessária e como eles sacramentaram a forma corrupta de governar, tudo foi aos poucos desmoronando. E a casa, como sempre, caiu na cabeça dos mais pobres. Que milagre eles vão fazer em 4 anos aquilo que não fizeram em 14?", finalizou criticando os governos do PT. O candidato prometeu reverter a PEC do teto de gastos no início de seu governo.

O ato político contou com a participação do presidente nacional do partido, Carlos Lupi, do líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), da senadora e pré-candidata ao governo do Distrito Federal, Leila Barros, cotada também para ser vice de Ciro, dos ex-ministros Aldo Rebelo e Miro Teixeira e do presidente do partido em São Paulo, Antônio Neto, que vai concorrer a uma vaga na Câmara.

O ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, escolhido pelo PDT para concorrer ao governo do Ceará, também foi à convenção. A decisão do partido de apoiar Cláudio levou o PT a romper a aliança com os pedetistas no Estado. A legenda de Lula defendia a reeleição da governadora Izolda Cela (PDT) e agora decidiu, em conjunto com MDB e Progressistas, lançar outra candidatura a governador para rivalizar com o PDT. O nome apoiado pelo PT ao Estado ainda não foi definido.

Apesar da decisão de lançar Ciro à Presidência, diversos candidatos do PDT nos Estados tentam associar suas campanhas com a de Lula. Exemplos disso são o senador Weverton Rocha (MA), o ex-prefeito de Niterói (RJ) Rodrigo Neves, ambos pré-candidatos a governador, e o ex-prefeito de Natal (RN) Carlos Eduardo, pré-candidato ao Senado. Os três estavam presentes na convenção nacional do partido. Antes de anunciar o resultado que sacramentou a candidatura de Ciro, Carlos Lupi negou haver dissidências. "As aves de rapina vão cultivar traição em muito terreno, aqui não", declarou.

Ciro tenta chegar ao Planalto pela 4ª vez

Com 64 anos, Ciro tem um histórico de posicionamentos à esquerda, já foi próximo ao PT, mas rompeu com o partido e concentra suas críticas tanto em Bolsonaro, quanto em Lula. Nascido em Pindamonhangaba (SP), mudou-se ainda criança para Sobral (CE). No Estado nordestino, foi deputado estadual, prefeito de Fortaleza e governador.

Em 1994, como ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, participou da consolidação do Plano Real, que acabou com a hiperinflação no País. No primeiro governo Lula, atuou como ministro da Integração Nacional, de 2003 a 2006. Depois, foi deputado federal. Além da candidatura ao Planalto em 2018, tentou chegar à Presidência em 1998 e 2002.

Em entrevistas recentes, Ciro defendeu o fim da reeleição para presidente e a criação de uma renda mínima no País. O ex-governador também já falou em acabar com o teto de gastos - a regra que limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior -, taxar grandes fortunas, tributar lucros e dividendos e revisar a reforma trabalhista de 2017.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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