'Perversão do processo democrático', diz Padilha sobre estratégia de Marçal na eleição

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, previu a vitória de candidatos apoiados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em capitais consideradas 'ninhos do bolsonarismo', e fez duras críticas ao candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). 

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Padilha acompanhou o presidente neste domingo, 6, de eleição na Escola Estadual Dr. João Firmino Correia de Araújo, em São Bernardo do Campo, onde Lula vota. Ele falou aos jornalistas durante a manhã.

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"Estamos começando as eleições municipais e a expectativa do governo do presidente Lula e do Ministério das Relações Institucionais é que seja uma eleição onde vença a verdade. Que a verdade prevaleça sobre a mentira, a falsidade. Que a civilidade, a paz prevaleça sobre a violência", falou Padilha. 

Ele lembrou como a corrida eleitoral foi marcada por episódios de "intolerância", "ataques", "injúrias" e "disseminação de mentiras". "Que a população que vai para as urnas escolha prefeitas e prefeitos, vereadores e vereadora a partir de propostas que apresentaram e da história de vida de cada um. A base do governo espera um crescimento de partidos que apoiam Lula e o governo. Vocês sabem que nós constituimos, desde o começo do governo, uma frente ampla depois do dia 8 de janeiro (de 2023, quando houve uma tentativa de Golpe de Estado)".

"O ato de sexta-feira, 4, do candidato de São Paulo, Pablo Marçal de disseminar um laudo falso, assinado por um médico que nem vivo está mais, até a assinatura parece ser falsa. É uma tentativa de perverter o processo democrático brasileiro. É uma perversão, que precisa ser derrotada nessas eleições municipais", seguiu o ministro. 

"Sou médico, não existe nada mais absurdo pra alguém que pratica a medicina do que ver uma pessoa ter sua dignidade humana agredida por um laudo falso", falou.

Além de Marçal, ele fez referência a todos que, nas eleições, disseminaram "falsidades", "mentiras", "injúrias", "intolerância", "disseminação do ódio". Padilha disse estar "confiante" na derrota do bolsonarismo em capitais como o Rio de Janeiro, Teresina e Recife. 

Previsão para 2026

Questionado sobre se as eleições municipais podem ser uma preparação para as eleições nacionais, em 2026, Padilha disse não ver relações diretas. "Acho importante que essa eleição municipal, sobretudo em disputas simbólicas nas capitais, seja uma vitória da verdade contra a mentira". "(A eleição em 2026) será uma nova avaliação do nosso governo", concluiu o ministro.