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Ibope: Bolsonaro tem 57% dos votos válidos e Haddad, 43%

Candidato do PSL oscila dois pontos porcentuais para baixo e vantagem para petista cai de 18 para 14 pontos

23 out 2018 - 21h26
(atualizado às 21h31)
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Na reta final para o segundo turno das eleições 2018, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, tem 57% das intenções de voto, ante 43% de Fernando Haddad (PT), segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta terça-feira, 23. Em relação à sondagem do dia 15 passado, Bolsonaro oscilou dois pontos porcentuais para baixo (tinha 59%), enquanto Haddad oscilou dois para cima (tinha 41%).

As duas variações estão dentro da margem de erro. A vantagem do candidato do PSL passou de 18 para 14 pontos porcentuais. Apenas no Estado de São Paulo, Bolsonaro tem 64% contra 36% de Haddad.

Os números consideram apenas os votos válidos, ou seja, excluem os nulos, brancos e indecisos. Levando em conta o eleitorado total, a taxa de Bolsonaro caiu de 52% para 50%, enquanto a preferência por Haddad se manteve estável em 37%. Há ainda 10% dispostos a anular ou votar em branco, e 3% que não souberam responder.

Jair Bolsonaro e Fernando Haddad
Jair Bolsonaro e Fernando Haddad
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Na pesquisa espontânea, na qual os eleitores indicam sua opção antes de receber um disco de papel com os nomes dos candidatos, Bolsonaro lidera por 42% a 33%. Na pesquisa anterior, o placar era de 47% a 31% - ou seja, a vantagem neste caso caiu de 16 pontos para 9.

No primeiro turno da eleição presidencial, realizado no dia 7, o candidato do PSL ficou à frente do petista por 46% a 29%.

Haddad só lidera no Nordeste, diz Ibope

Considerando os votos válidos, Bolsonaro lidera por 63% a 37% no eleitorado masculino, mas há um empate técnico no segmento feminino: 52% para o candidato do PSL e 48% para o representante do PT.

O Nordeste é a única região do País onde Haddad está em primeiro lugar. Lá, ele tem 61% das intenções de voto, ante 39% para o adversário. Bolsonaro colhe seus melhores resultados no Sul, com placar de 67% a 33%. No Sudeste, onde vivem quatro de cada dez eleitores, o deputado e capitão reformado lidera por 64% a 36%.

A segmentação do eleitorado por escolaridade revela que Bolsonaro deve sua vantagem aos que têm mais anos de estudo. Ele vence por 65% a 35% entre os que cursaram faculdade, e por 62% a 38% entre os que estão no ensino médio.

Já Haddad está à frente entre os que estudaram até o quarto ano do ensino fundamental (54% a 46%). No grupo que cursou do quinto ao oitavo ano, há um empate técnico: 51% a 49%, com Bolsonaro à frente numericamente.

A divisão do eleitorado por renda mostra que o candidato do PSL tem mais simpatizantes no topo: venceria por 71% a 29% entre os eleitores que ganham mais de cinco salários mínimos. No outro extremo, entre os que ganham até um salário mínimo, quem lidera é o candidato do PT: 59% a 41%.

Entre os evangélicos, Bolsonaro tem ampla vantagem: 68% a 32%. Mas o placar já esteve melhor na primeira pesquisa do segundo turno, divulgada no dia 15: 74% a 26%. No eleitorado católico, o candidato do PSL tem 54%, e o adversário, 46%. Nesse caso, não houve mudança relevante em relação ao levantamento anterior. Bolsonaro teria hoje os votos de dois em cada três eleitores brancos, mas haveria empate técnico no segmento dos pretos e pardos: 52% para o candidato do PSL e 48% para o petista.

Tanto entre os eleitores de Bolsonaro quanto entre os de Haddad, 58% afirmam que a escolha de voto é definitiva. Independentemente da intenção de voto, 69% dos eleitores acham que Bolsonaro será o vencedor da eleição.

Rejeição a Haddad cai seis pontos e a de Bolsonaro aumenta cinco, diz pesquisa

De acordo como Ibope, a rejeição a Haddad caiu desde a pesquisa do dia 15: a parcela que diz que não votaria "de jeito nenhum" no petista passou de 47% para 41%. Já a rejeição a Bolsonaro aumentou de 35% para 40%.

A pesquisa Ibope avaliou ainda quais são os partidos preferidos dos brasileiros, e aqueles mais rejeitados. O PT aparece no alto dos dois rankings: 22% dos eleitores declaram preferência ou simpatia pela legenda, enquanto 38% afirmam que não votariam na sigla em nenhuma hipótese.

O Ibope ouviu 3.010 eleitores nos dias 21 a 23 de outubro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O registro na Justiça Eleitoral foi feito sob o protocolo BR-07272/2018. Os contratantes da sondagem foram o Estado e a TV Globo.

Estadão
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