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PF aponta falsificação de assinatura em laudo publicado por Marçal contra Boulos

Perícia detectou diferença entre a assinatura usado pelo médico ao longa da vida e a que consta no documento

7 out 2024 - 14h58
(atualizado às 16h48)
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Pablo Marçal ficou em terceiro lugar nas eleições de São Paulo
Pablo Marçal ficou em terceiro lugar nas eleições de São Paulo
Foto: Alex Silva/Estadão / Estadão

A investigação da Polícia Federal encontrou evidências de que a assinatura atribuída ao médico José Roberto de Souza é falsa no laudo médico publicado por Pablo Marçal (PRTB), em que associava Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de cocaína.

De acordo com relatório ao qual o blog do Fausto Macedo, do Estadão, teve acesso, os peritos detectaram diferenças entre a assinatura uso pelo médico durante a vida e a que consta no documento. A PF informou ao Terra que não comenta investigações em andamento.

“As evidências suportam fortemente a hipótese de que os manuscritos questionados não foram produzidos pela mesma pessoa que forneceu os padrões”, diz o relatório.

Para chegar ao resultado, foi realizado um exame grafoscópico. A técnica permite analisar a veracidade de textos manuscritos a partir de padrões de escrita, como o traçado, forma, velocidade e ritmo.

No último sábado, peritos da Polícia Civil de São Paulo também concluíram pela falsificação do laudo .A Justiça Eleitoral, então, determinou à Polícia Federal que instaurasse inquérito policial para investigar o caso porque, em tese, Marçal teria cometido quatro crimes: divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos que sabe inverídicos em relação a partidos ou a candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado; difamar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação; falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro, para fins eleitorais; e fazer uso de qualquer dos documentos falsificados ou alterados.

Especialistas em Direito Eleitoral ouvidos pela jornal O Estado de S. Paulo afirmaram que, com a conclusão de que o laudo é falso, Marçal pode ser cassado e ficar inelegível por oito anos, além de pegar até oito anos de prisão por crimes contra a honra do rival e pelo uso de documento falso na eleição.

O advogado Felipe da Costa, especialista em Direito Eleitoral e Administrativo, soma à lista de possíveis acusações a Marçal o crime de abuso de poder econômico. "A divulgação de laudo fatalmente será objeto de ação que pode culminar com a condenação de Pablo Marçal." (*Com informações do Estadão Conteúdo)

Fonte: Redação Terra
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