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PF indicia esposa e filha de prefeito de João Pessoa por lavagem de dinheiro e organização criminosa

A defesa de Maria Lauremília Assis de Lucena e Janine Lucena afirmou que comprovará a inocência delas

17 out 2024 - 12h19
(atualizado às 13h32)
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Maria Lauremília Assis de Lucena e sua filha Janine Lucena
Maria Lauremília Assis de Lucena e sua filha Janine Lucena
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A Polícia Federal indiciou a primeira-dama e a filha do prefeito de João Pessoa (PB), Cícero Lucena (PP), por peculato, crime eleitoral, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Maria Lauremília Assis de Lucena e sua filha Janine Lucena, ex-secretária de saúde da cidade, teriam um acordo com membros da facção criminosa Nova Okaida, conforme o colunista Carlos Madeiro, do UOL. A defesa de ambas nega as acusações.

O relatório da PF afirma que as duas negociavam cargos na prefeitura com membros da organização criminosa, em troca de apoio ao grupo de Cícero, restringindo assim, o acesso de políticos rivais às comunidades do município. Além delas, outras dez pessoas também foram indiciadas no caso.

O prefeito, que foi para o segundo turno com o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL) não é investigado pelo envolvimento no caso. 

“A facção criminosa assume o papel de restringir o acesso de outros candidatos aos territórios controlados. A Orcrim (organização criminosa) vale-se de violência e grave ameaça”, diz o relatório da PF. 

Prisão

Conforme o Terra já havia informado anteriormente, Lauremília havia sido detida no último dia 28, durante a Operação Território Livre da Polícia Federal, que investiga um esquema de aliciamento violento de eleitores e organização criminosa nas eleições municipais. Além de Lauremília, Tereza Cristina, sua secretária, também estava presa.

 Maria Lauremília Assis de Lucena, primeira-dama de João Pessoa (PB), e Cícero Lucena, prefeito
Maria Lauremília Assis de Lucena, primeira-dama de João Pessoa (PB), e Cícero Lucena, prefeito
Foto:

A prisão de ambas foi revogada no dia 1º de outubro, após decisão da juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho, da 64ª Zona Eleitoral da Paraíba. Foram impostas medidas cautelares rigorosas. Entre as restrições, estão a proibição de frequentar determinados bairros, como São José e Alto do Mateus, e de manter contato com outros investigados. Ambas devem cumprir recolhimento domiciliar noturno, entre às 20h e às 6h, e utilizar monitoramento eletrônico.

Primeira-dama de João Pessoa (PB) é presa em operação da Polícia Federal:

A prisão de Lauremília foi autorizada sob alegações de que ela e Tereza Cristina estavam ativamente envolvidas em um plano para manipular os resultados das eleições municipais de 2024 em conjunto com a Nova Okaida, da região do bairro São José. A juíza destacou que a primeira-dama nomeou pessoas indicadas por criminosos para cargos na administração municipal. Já a secretária teria dado apoio às ações.

Ainda segundo o UOL, a PF descobriu durante as investigações diálogos entre a primeira-dama, sua filha e intermediários com membros da facção. Em troca dos cargos públicos, era também discutido o apoio à reeleição da vereadora Raíssa Lacerda (PSB) e ao prefeito. A parlamentar foi presa e, depois de alguns dias, renunciou à candidatura.

Conforme a PF, as vantagens era “mútuas e retroalimentadas”. A primeira-dama, segundo o relatório, seria responsável por destinar os cargos e gratificações a pessoas ligadas à organização criminosa. As autoridades encontraram conversas entre ela e a secretária pessoal que revelam que o grupo criminoso pedia até mudança de nomeações quando algum membro era preso. 

O prefeito de João Pessoa e candidato a reeleição Cícero Lucena (PP), ao lado da primeira-dama, Lauremília Lucena
O prefeito de João Pessoa e candidato a reeleição Cícero Lucena (PP), ao lado da primeira-dama, Lauremília Lucena
Foto: Cícero Lucena via Facebook / Estadão

Já Janine, que não foi presa pela PF, renunciou à Secretaria Municipal de Saúde no início de outubro. Ela também teria sido flagrada pelas autoridades em conversa com um líder Nova Okaida, que cobrava cargos dentro da administração municipal, além de valor para autorizar a entrada de políticos em área dominada.

Defesa nega 

Em nota ao Terra, o advogado de Maria Lauremília, Tereza Cristina e Maria Janine, Gustavo Botto Barros Felix, reiterou que as acusações não correspondem à realidade dos fatos e que “as indiciadas não possuem qualquer envolvimento com as práticas criminosas que lhes são atribuídas”.

Ainda segundo a defesa, Tereza nunca ocupou posição ou exerceu “qualquer função que lhe conferisse poder de decisão ou nomeação de cargos”, e que Janice se encontra afastada de suas funções na prefeitura, “o que reforça a disposição em colaborar com a investigação de forma transparente”. 

Além disso, o advogado afirma que Lauremília “ sempre foi uma pessoa íntegra, correta e profundamente compromissada com os mais necessitados”, e por isso, jamais se envolveria “em qualquer prática ilícita”.  “O processo judicial será conduzido com o devido rigor legal, e a defesa confia plenamente que, no momento oportuno, a Justiça prevalecerá, assegurando a absolvição de todas as indiciadas, comprovando sua inocência”.

Fonte: Redação Terra
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