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Políticos se surpreendem com força de Marçal, e apostam em inviabilizá-lo pela Justiça, diz jornalista

Candidato do PRTB ficou fora do segundo turno das eleições, mas surpreendeu adversários durante toda a campanha

7 out 2024 - 15h25
(atualizado às 15h54)
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Pablo Marçal
Pablo Marçal
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

Mesmo sem ter seguido para o segundo turno das eleições, a força de Pablo Marçal (PRTB) surpreendeu os adversários políticos, segundo apuração da jornalista Andréia Sadi, apresentadora na GloboNews. No entanto, agora eles querem tratá-lo como caso de polícia, para que seja inviabilizado politicamente pela Justiça. O caso da divulgação do laudo falso contra o candidato Guilherme Boulos (PSOL) pode atrapalhar o futuro político do ex-coach. 

Nesta segunda-feira, 7, a investigação da Polícia Federal encontrou evidências de que a assinatura atribuída ao médico José Roberto de Souza é falsa no documento médico publicado por Marçal, em que associava Boulos ao uso de cocaína.

De acordo com relatório ao qual a CNN Brasil teve acesso, os peritos detectaram diferenças entre a assinatura usada pelo médico durante a vida e a que consta no documento. Com essas evidências, a investigação apontou que as assinaturas não foram feitas pela mesma pessoa.

No último sábado, peritos da Polícia Civil de São Paulo também concluíram pela falsificação do laudo. A Justiça Eleitoral, então, determinou à PF que instaurasse inquérito policial para investigar o caso porque, em tese, Marçal teria cometido quatro crimes: divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos que sabe inverídicos em relação a partidos ou a candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado; difamar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação; falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro, para fins eleitorais; e fazer uso de qualquer dos documentos falsificados ou alterados.

Repercussão do 2° turno

Segundo Sadi, a campanha do atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), está animada pois aposta na rejeição de Boulos apontada pelas pesquisas e no voto dos eleitores de Marçal. 

"Voto do Marçal não tem dono e Nunes não precisa pedir apoio para Marçal. Eleitor do Marçal não vota no Boulos", disse um integrante da campanha do prefeito à jornalista.

Além disso, o sentimento da campanha é de que a vitória do primeiro turno é do governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que esteve ao lado de Nunes na campanha e foi ovacionado pelos apoiadores durante discurso do prefeito após o resultado do primeiro turno.

Em relação ao PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a eleição foi vista como um recado de que é preciso ampliar as alianças, de acordo com a jornalista.

Fonte: Redação Terra
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