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Possibilidade de derrota desespera PT e PSDB, diz Marina

Candidata do PSB rebateu declarações de Lula e disse que, enquanto luta com “esperança”, candidatura do PT e do PSDB é baseada no “desespero de perder”

14 set 2014 - 17h06
(atualizado às 17h30)
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<p>Marina Silva, candidata do PSB à Presidência</p>
Marina Silva, candidata do PSB à Presidência
Foto: Mario Tama/ Getty Images

Marina Silva, candidata do PSB à Presidência, parece mesmo estar confiante com a subida nas pesquisas. Em entrevista em João Pessoa (PB) na tarde de sábado, Marina comentou as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ironizou o fato de ela ter chorado ao falar sobre os ataques que tem sofrido do PT, e disse que, enquanto faz uma campanha pautada na “esperança”, seus adversários lutam com “desespero”.

“Nós estamos felizes, muito felizes com a possibilidade de ganhar. Mas o que eu vejo no programa da candidatura do PT e do PSDB é o desespero com a possibilidade de perder. É diferente. Quando você luta com desespero, usa meios que às vezes são inaceitáveis. Quando você usa a esperança, o compromisso e a coragem, os meios são totalmente diferentes”, disse Marina ao responder se a declaração de Lula, de que ela dizia “inverdades”, lhe chocava.

“Eu decidi que prefiro sofrer uma injustiça do que praticar uma injustiça. Nós queremos fazer a nossa campanha oferecendo a outra face”, disse Marina.

Em São Paulo, durante ato da campanha de Alexandre Padilha (PT) ao governo do Estado, Lula disse que nunca falou mal de Marina e afirmou que a candidata, que foi sua ministra do Meio Ambiente e pertenceu ao PT por mais de 20 anos, é quem deveria dar explicações por “falar mal do PT”. Em João Pessoa, Marina explicou que sua mágoa se referia à propaganda eleitoral da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.

“As críticas que fiz foram em relação à propaganda da candidata que hoje está no governo, que usa os 11 minutos de televisão para me atacar”, disse Marina.

Depois que as pesquisas de intenção de voto mostraram Marina como um potencial risco à reeleição de Dilma, o PT deu início a uma campanha ofensiva, afirmando que a candidata do PSB não dará atenção à exploração do petróleo e do pré-sal e sugerindo, ainda, que Marina é sustentada por banqueiros, uma referência a Neca Setubal, herdeira do banco Itaú e uma das coordenadoras do programa de governo da candidata.

Pesquisa Ibope divulgada na última sexta-feira indica que os ataques do PT podem ter dado certo: Dilma aparece com 39% das intenções de voto, contra 31% de Marina – Aécio Neves (PSDB) aparece com 15%. No levantamento anterior, a diferença entre as duas candidatas era menor: Dilma tinha 37% e Marina, 33%.

Fonte: Terra
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