Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Pré-candidatos ligados ao MBL lideram vaquinhas online

No topo do ranking, potenciais candidatos do movimento somam, juntos, mais de R$ 50 mil arrecadados

7 jun 2018 - 07h02
(atualizado às 08h59)
Compartilhar
Exibir comentários

Três semanas após o início da arrecadação virtual para as campanhas eleitorais, os pré-candidatos a cargos legislativos ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) lideram as vaquinhas online (crowdfunding). Esta é a primeira vez que a modalidade de financiamento coletivo é utilizada oficialmente nas eleições no Brasil.

Dos potenciais candidatos, mais de 840 têm campanhas de financiamento coletivo abertas nos sites autorizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pela nova legislação, pré-candidatos a qualquer um dos cargos em disputa poderão arrecadar, mas não gastar os recursos obtidos exclusivamente pela internet até o início da campanha, em 15 de agosto. Se a candidatura não for confirmada, o valor doado deve ser devolvido ao doador.

Vaquinhas são novidade no financiamento eleitoral brasileiro
Vaquinhas são novidade no financiamento eleitoral brasileiro
Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas

No topo do ranking de arrecadação está Marcel van Hattem (Novo), pré-candidato a deputado federal pelo Rio Grande do Sul, com R$ 38,400 (contagem até 6 de junho). Ex-deputado estadual pelo RS, Hattem atribui o bom desempenho na arrecadação ao relacionamento próximo que busca manter com seus eleitores. "Acredito que todas as campanhas deveriam ser feitas com dinheiro limpo e arrecadado pelos próprios candidatos. Essa verba pública, do Fundo Partidário e Eleitoral, é um dinheiro que poderia ser investido em saúde, educação e segurança", disse.

O pré-candidato é o que tem maior engajamento e interações nas redes sociais entre seus concorrentes gaúchos. Sua meta de arrecadação com doações online é de R$ 200 mil. Na sequência, figura o pré-candidato a deputado estadual Paulo Mathias (PSDB-SP), com R$ 16,700. Ambos são ligados ao MBL.

Também apostando na arrecadação virtual, Mathias disse que não usará recursos dos Fundos Partidário e Eleitoral na disputa de 2018. Sua estratégia será formar até 150 grupos responsáveis por captar doações.

"Não há nada mais forte para o candidato do que receber doação das pessoas. É um gesto que mostra que elas acreditam e investem no candidato. No momento que vivemos, isso é uma confirmação muito clara do apoio", disse o candidato que espera arrecadar R$ 200 mil com as vaquinhas online.

Análise

O cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Humberto Dantas acredita que o motivo para o sucesso da arrecadação dos pré-candidatos ligados ao MBL, em comparação com os demais, é a capacidade de organização do movimento. "O MBL, gostem as pessoas ou não, é um movimento que tem forte contato com os eleitores. Eles estão mostrando uma capacidade de organização muito interessante", avalia.

Para Cristiano Vilela, advogado especialista em direito eleitoral, o novo formato é bem-vindo porque dá mais poder aos cidadãos e permite que os partidos arrecadem mais.

Veja também

Top Agro: Governo confirma R$ 194,37 bilhões para o Plano Safra 2018/19:
Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade