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Primeiro debate entre Nunes e Boulos no 2º turno tem meia personalizada, vice em campo inimigo, broncas e reclamações

Candidatos do MDB e do PSOL vão disputar a preferência dos eleitores paulistanos no dia 27 de outubro

15 out 2024 - 02h53
(atualizado às 03h00)
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Boulos e Nunes se preparam para participar de debate na Band
Boulos e Nunes se preparam para participar de debate na Band
Foto: Karen Lemos/Terra

Após debates tensos no primeiro turno --marcados por cadeirada e até soco--, o primeiro encontro entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno teve regras mais "frouxas". Nada de banquetas parafusadas ou restrições de movimentação. Na Band, os dois candidatos à Prefeitura de São Paulo puderam circular livremente e chegaram a ficar cara a cara em vários momentos. Teve até espaço para um abraço tenso entre os oponentes. A dinâmica, no entanto, gerou reações exageradas da plateia, reclamações de possíveis descumprimento de regras e bronca de apresentador. 

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Enquanto Boulos chegou ao debate acompanhado de sua vice, Marta Suplicy (PT), Nunes optou pela companhia de sua mulher, Regina, e dos filhos. O psolista entrou no estúdio cumprimentando assessores e aliados que ocupavam o lado  direito da plateia. "Tem imprensa infiltrada aqui", brincou o deputado, que fez questão de exibir a meia escolhida para ocasião --uma peça personalizada e toda estampada com o número do PSOL.

Pouco depois, a reportagem flagrou o vice de Nunes, Mello Araújo, procurando um lugar para se sentar. Como não encontrou espaço vago do lado esquerdo do estúdio, reservado para o MDB, precisou se acomodar do lado do adversário. 

Na sequência, Nunes chegou e foi recepcionado por aplausos e gritos de "prefeito". Boulos ficou no púlpito e não esboçou reação. Após conversar com assessores e convidados, Nunes cruzou o palco para ocupar seu púlpito e, ao passar por Boulos, cumprimentou o adversário em clima amistoso.

Com reações mais isoladas e tímidas, o silêncio reinou boa parte do primeiro bloco. Mas, aos poucos, a plateia foi se soltando. Até que Nunes falou que Boulos não sabia o que era trabalhar e a parte da equipe do MDB não conteve as risadas. Boulos não deixou barato e reagiu, dizendo que, justamente no dia em que a população de São Paulo enfrenta um "apagão", seu adversário fala de trabalho. Nesse momento, o lado que apoiava o psolista riu e aplaudiu a fala.

O duelo de reações provou uma bronca do apresentador Eduardo Oinegue. Ainda assim não demorou muito para uma nova manifestação da plateia.  Boulos provocou mais risos no momento em que Nunes derrubou um papel no chão e ouviu do adversário: "Cuidado, fica calmo". Com as constantes advertências da produção ignoradas, os aplausos da equipe de Nunes foram rapidamente reprimidos por integrantes da campanha de Boulos: "Pelo amor de Deus, xiu!"

O que também causou reações foi a aproximação física entre os candidatos, que podiam circular livremente pelo palco. Quando Boulos ficava muito próximo, a equipe de marqueteiros de Nunes reclamava. Como resposta a uma aproximação no segundo bloco, houve até um abraço tenso. Nunes colocou o braço ao redor dos ombros do adversário e, em meio a risadas, disse que não se intimidaria.

No intervalo do segundo para o terceiro bloco, a reportagem viu marqueteiros reclamarem com a produção da Band. Um deles, Duda Lima [que levou um soco de um assessor de Marçal em debate no 1º turno] chegou a reclamar com o apresentador Oinegue e uma discussão se formou. "Esse cara vem encher meu saco", reclamou o mediador. Coube a Nunes, com Duda ao seu lado, tentar arrefecer os ânimos com a produção do debate e com o diretor de jornalismo da Band, Fernando Mitre, que estava na plateia.

Após o debate, o Terra questionou Leandro Cipoloni, da equipe de marqueteiros de Nunes, o que ocorreu. Segundo ele, Boulos quebrou uma das regras do embate --que falava sobre fazer gestos bruscos para tirar a concentração do candidato-- mas que foram ignorados pela produção. "Mas Nunes não se desconcentrou, apenas reclamamos da quebra de regra", disse Cipoloni.

O debate foi encerrado com muitos aplausos de ambos os lados e gritos de "abre o sigilo" para a equipe de Nunes, após Boulos ter lançado um desafio: o psolista disse que abriria seu sigilo bancário, alegando ter sua "vida financeira limpa" e questionou se o atual prefeito também teria coragem de fazer isso.

Nunes diz que ‘não imaginava que Boulos fosse tão despreparado’ ao fazer avaliação de debate:
Boulos justifica postura ofensiva em debate: ‘Sempre gostei mais do Telê Santana do que do Parreira’:
Fonte: Redação Terra
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