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PSDB, MDB e União Brasil tentam definir candidatura única ao Planalto até 15 de março

Meta dos partidos é formar uma federação, que vai além de uma aliança presidencial e obriga que as siglas também estejam juntas em disputas nos Estados e municípios por, no mínimo, quatro anos

15 fev 2022 - 22h20
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BRASÍLIA - Em reunião realizada nesta terça-feira, 15, os presidentes do PSDB, Bruno Araújo, do MDB, Baleia Rossi, e do União Brasil, Luciano Bivar, discutiram a possibilidade de formar uma aliança para as eleições presidenciais deste ano. A ideia, agora, é tentar construir um acordo até o dia 15 de março.

"A primeira quinzena de março é um período factível para a gente ter um mapeamento do quanto é possível avançar", disse o presidente do PSDB, Bruno Araújo. "Nós vamos trabalhar muito para chegar às convenções com a possibilidade de uma construção única."

A meta dos partidos é formar uma federação, que vai além de uma aliança presidencial e obriga que as siglas também estejam juntas em disputas nos Estados e municípios por, no mínimo, quatro anos. Há proximidade entre União Brasil e MDB nas alianças estaduais, mas tucanos e emedebistas estão em lados opostos em Estados como Goiás, Alagoas, Pernambuco e no Distrito Federal, por exemplo.

Além disso, boa parte do MDB no Nordeste apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é rival histórico de líderes do PSDB e do União Brasil.

O prazo para a criação de uma federação vai até 31 de maio. Caso os partidos tenham sucesso em vencer as diversas divergências internas, o grupo terá de apresentar apenas um candidato a presidente da República. Hoje são pré-candidatos o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e a senadora Simone Tebet (MDB-MS).

Baleia Rossi afirmou que, mesmo que a federação não prospere, as legendas vão trabalhar para estar unidas na eleição presidencial. "Os três partidos são fortes, com presença em todos os Estados. Federados ou não, têm grande capacidade de entrega, trabalho e organização política", disse ele.

Comunhão

Na mesma linha, Luciano Bivar argumentou que a formação de uma federação não é a única maneira de garantir uma aliança. "Se por acaso for inexequível devido às peculiaridades em cada partido, vamos ver outra forma na qual a gente mantenha esse espírito de comunhão dessas forças democráticas para que elas se aglutinem e tenham uma candidatura única", afirmou.

Ao contrário das outras duas legendas, o União Brasil - formado pela fusão entre o PSL e o DEM - não tem pré-candidato a presidente. Está dividido entre apoiar Doria, o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), o presidente Jair Bolsonaro (PL) e não ter posição formal na eleição.

O Cidadania, presidido pelo ex-deputado Roberto Freire, também mantém diálogo com os partidos, mas ainda não concluiu o debate interno sobre a possibilidade de compor federação com o PSDB.

Estadão
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