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PT articula apoio do PSDB a Lula no 2º turno, apesar de Garcia dar palanque a Bolsonaro

Lula tem a preferência de tucanos históricos, enquanto governador se aproxima do atual presidente e do ex-ministro Tarcísio, que vai disputar segundo turno em SP contra Haddad

4 out 2022 - 17h32
(atualizado às 18h16)
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Rodrigo Garcia, candidato derrotado ao governo do estado de São Paulo, anuncia em coletiva de imprensa, junto ao candidato a Presidente, Jair Bolsonaro, e ao candidato Tarcísio de Freitas, seu as candidaturas de Bolsonaro e Tarcísio no segundo turno
Rodrigo Garcia, candidato derrotado ao governo do estado de São Paulo, anuncia em coletiva de imprensa, junto ao candidato a Presidente, Jair Bolsonaro, e ao candidato Tarcísio de Freitas, seu as candidaturas de Bolsonaro e Tarcísio no segundo turno
Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press

A cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) está em franca articulação para conquistar o apoio do PSDB à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. O movimento se dá apesar da aproximação do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), a Tarcísio de Freitas (Republicanos), adversário de Fernando Haddad (PT) na corrida pelo Executivo paulista, e ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

Lula recebeu apoios de tucanos históricos logo no primeiro turno, como Aloysio Nunes e José Carlos Dias, o que deve facilitar as tratativas nacionais. Presidente de honra da legenda, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso emitiu uma nota pública cifrada ao pedir votos em candidatos comprometidos a combater a desigualdade social, o que à época foi interpretado como apoio velado a Lula.

Nas negociações, há dois colégios eleitorais importantes em jogo: Pernambuco e Rio Grande do Sul. Segundo apurou a reportagem, o ex-senador João Lyra, pai da candidata ao governo pernambucano Raquel Lyra (PSDB), pediu a aliados de Lula o telefone do ex-presidente. A conversa deve acontecer ainda hoje.

A expectativa é que o PT possa sinalizar um pacto de não-agressão com Raquel - sem, portanto, subir no palanque da candidata a governadora Marília Arraes (Solidariedade). Em solo gaúcho, as articulações se dão em torno da candidatura de Eduardo Leite (PSDB), que enfrenta no segundo turno o bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL).

Rodrigo Maia. Secretário de Ações Estratégicas do Governo de São Paulo, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (PSDB) chegou há pouco no QG da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, na zona oeste de São Paulo, e deve anunciar apoio ao petista no segundo turno.

Maia foi um dos nomes procurados pelo candidato a governador de São Paulo Fernando Haddad (PT) para atrair o apoio do governador Rodrigo Garcia (PSDB). A tentativa foi frustrada. Hoje Garcia declarou apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

O ex-presidente da Câmara foi um dos avalistas da candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio de Janeiro e deve ajudar a costurar o apoio do PSDB à candidatura de Lula no segundo turno, no plano nacional, a despeito do anúncio de Garcia.

Simone Tebet

O PT espera receber nesta quarta-feira, 5, o apoio de Simone Tebet (MDB) à candidatura de Lula no segundo turno contra o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com um coordenador da campanha petista, Simone, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno da disputa presidencial, deve viajar a São Paulo para conversar com Lula e formalizar seu apoio.

Estadão
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