PT e PSL terão as maiores bancadas na nova Câmara
Partido de Bolsonaro, que elegeu apenas um deputado em 2014, faz bancada de 52 parlamentares; MDB e PSDB perdem força na Casa
De nanico até o ano passado, o PSL conseguiu eleger a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados no domingo, 7. Foram 52 cadeiras conquistadas, sendo 12 delas no Rio de Janeiro, reduto eleitoral do presidenciável Jair Bolsonaro. O partido só terá menos deputados que o PT, que conquistou 57 vagas.
Embora repita o feito de 2014 ao eleger a maior bancada, o resultado do partido de Fernando Haddad, que está no segundo turno contra Bolsonaro, foi pior do que há quatro anos. Na ocasião, o partido elegeu 68 deputados federais.
Além do PSL, o PRB, partido ligado à Igreja Universal, também cresceu significativamente. Foram 30 eleitos, nove a mais do que o partido conseguiu na eleição passada.
MDB foi um dos que mais perdeu parlamentares na Câmara
O MDB, do presidente Michel Temer, foi um dos que mais perdeu parlamentares na Casa. Historicamente uma das principais forças do Congresso, o partido elegeu 22 deputados a menos neste ano e terá 33 cadeiras na Câmara.
Outro partido que também perdeu força foi o PSDB. O fraco desempenho de Geraldo Alckmin na corrida presidencial se refletiu na disputa proporcional. Foram 29 deputados federais eleitos, ante 54 cadeiras conquistadas em 2014.
Decepção também foi a Rede, de Marina Silva, que em sua primeira eleição nacional conquistou apenas uma vaga. O partido tem atualmente dois deputados, mas chegou a ter uma bancada de cinco parlamentares.
Enquanto isso o PDT, de Ciro Gomes, que ficou em terceiro na disputa presidencial, melhorou o desempenho na Câmara. Elegeu 28 nestas eleições, oito a mais do na disputa anterior.
Centrão elegeu 142 deputados
Já o chamado Centrão, grupo formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade, elegeu 142 deputados. Só o PP fez 37 e terá a terceira maior bancada partidária da Casa.
O bloco tem o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como líder. Ele deve tentar costurar a sua reeleição no comando da Casa.