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‘PT está devendo proposta de futuro’, diz especialista sobre discurso da esquerda não convencer

Segundo Renato Meirelles, falta os partidos da esquerda conversarem com outros eleitores

28 out 2024 - 11h01
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“A esquerda perdeu força porque tem dificuldade em dialogar”, diz especialista:

Por que a esquerda está perdendo espaço no Brasil? O problema está no discurso que não convence mais a população pela falta de conexão com quem deseja empreender, e também pela falta de ‘proposta de futuro’ por parte do Partido dos Trabalhadores (PT). Pelo menos, essa é a explicação para Renato Meirelles, diretor e fundador do Instituto de Pesquisa Locomotiva.

O partido do presidente Lula, por exemplo, conquistou 252 cidades, apenas uma capital: Fortaleza. A disputa no Ceará, por sinl, foi a mais apertada entre as principais cidades do País. Evandro Leitão venceu André Fernandes, do PL, por pouco mais de 10 mil votos.

“A esquerda tem uma dificuldade concreta de se conectar com o eleitor que está querendo empreender. O eleitor que nunca passou fome na vida, portanto, não tem a gratidão que os eleitores mais velhos e de periferia tinham com relação aos dois primeiros mandatos do governo Lula”, explicou Renato Meirelles durante live do Terra.

Segundo o especialista, esse perfil do eleitorado deseja mais que um salário mínimo e quer ser dono do próprio negócio. 

“São eleitores que não estão mais satisfeitos em ganhar um salário mínimo se o preço disso for passar duas ou três horas dentro de um ônibus todo dia para trabalhar. São eleitores que querem ser donos do próprio tempo, que não querem mais ser vítimas de preconceito no seu local de trabalho, eleitores que querem pensar além”, ressalta. 

Para o fundador do Instituto de Pesquisa Locomotiva, o PT está em falta com os eleitores: “Está devendo uma narrativa, uma proposta de futuro para esses leitores. Eu falo mais o PT porque nós tivemos o João Campos [eleito em no Recife (PE)], por exemplo, grandes votações em um candidato do PSB que faz parte do apoio do Lula.”

Na análise de Meirelles, o Centrão é o grande vencedor da eleição, e destacou o PSD, de Gilberto Kassabi, que foi o partido com maior número de prefeitos eleitos neste ano

Renato Meirelles: "Nem direita nem esquerda, quem ganhou as eleições foi o Centrão”:

Já ao ser questionado sobre a extrema-direita e direita, antes e após Jair Bolsonaro (PL), o especialista vê efetivamente a volta da ideologia no País, seja a conservadora ou a radical, mas “que independe do campo gravitacional do bolsonarismo tradicional”.

“Nós saímos de uma eleição onde a direita volta a existir ou o centro volta a existir. O bolsonarismo só conseguiu ter uma expressão de votos onde não tinha um candidato incumbente, então, cresceu no Rio de Janeiro porque não era o candidato à reeleição. Cresceu em Fortaleza porque não era o candidato à reeleição, ou apoiado pelo então prefeito que aliás nem foi para o segundo turno. Em Curitiba, mesmo o PL tendo lançado um candidato a vice do [Eduardo] Pimentel, que foi o prefeito eleito, o Bolsonaro resolveu apoiar uma candidata [Cristina Graeml (PMB)] que não tinha o apoio do Ratinho Júnior, e que perdeu a eleição, mas só chegou lá porque era uma candidata oposicionista”, refletiu.

Fonte: Redação Terra
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