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PT fará reunião pós-julgamento para confirmar Lula candidato

4 jan 2018 - 18h56
(atualizado às 19h01)
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Foto: Fátima Meira / Futura Press

O PT reunirá sua Executiva Nacional no dia 25 de janeiro, um dia após o julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4), para confirmar a candidatura dele ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro deste ano, informou o partido nesta quinta-feira.

Na véspera da reunião da Executiva, o TRF-4 julgará o recurso de Lula contra a condenação a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro imposta pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância. Caso a condenação seja confirmada, o petista poderá ser impossibilitado de se candidatar devido à Lei da Ficha Limpa.

Lula, que alega inocência e afirma que a sentença de Moro se baseou em uma mentira, disse que recorrerá de uma decisão que possa impedi-lo de se candidatar. Ele foi condenado acusado de ser dono de um apartamento tríplex no Guarujá, que teria sido pagamento de propina da empreiteira OAS em troca de contratos com a Petrobras, o que ele nega.

"O Partido dos Trabalhadores convida os cidadãos e as cidadãs democratas a participar das jornadas em apoio ao ex-presidente Lula, em todo o país e especialmente em Porto Alegre, onde será julgado dia 24, pelo Tribunal Federal Regional da Quarta Região, o recurso da defesa de Lula contra a sentença injusta e ilegal do juiz Sérgio Moro", afirma documento divulgado pelo partido, que nesta quinta reuniu sua direção em São Paulo.

No documento, o PT também fez críticas ao prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB), que enviou ofício ao presidente Michel Temer pedindo o envio do Exército e da Força Nacional de Segurança à cidade, sede do TRF-4, no dia do julgamento do recurso de Lula. [nL1N1OZ0JE]

"Como é da tradição do PT e dos movimentos populares, realizaremos manifestações pacíficas em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato a presidente da República, porque ele não cometeu nenhum crime e porque sua candidatura expressa a vontade da grande maioria do povo", disse a nota do PT.

"Nossa causa é justa e não vamos aceitar provocações e palavras de ódio, como as proferidas hoje pelo prefeito de Porto Alegre, que, sob falso pretexto, pediu a intervenção das Forças Armadas para impedir nosso movimento. A pequenez de seu gesto revela o desconhecimento do sentido da democracia e da liberdade de manifestação."

Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para a disputa presidencial deste ano e tanto o PT quanto aliados do partido vêm afirmando que uma eleição sem a participação do ex-presidente será uma fraude.

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