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Qual o impacto de Doria e Bolsonaro na eleição paulistana?

Só ao longo da campanha será possível observar, de fato, qual será o peso que governador e presidente terão no pleito

4 out 2020 - 14h01
(atualizado às 15h20)
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A pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência após o registro oficial das candidaturas à Prefeitura de São Paulo mostra o impacto das avaliações das gestões do governador João Doria e do presidente Jair Bolsonaro na intenção de voto dos candidatos apoiados por eles na atual disputa.

O presidente Jair Bolsonaro e o governador João Doria durante passagem do Comando Militar
O presidente Jair Bolsonaro e o governador João Doria durante passagem do Comando Militar
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press

Celso Russomanno tem dez pontos a mais (36%) do que a média obtida no município, entre os que avaliam a gestão do presidente Bolsonaro de forma positiva. Por outro lado, Bruno Covas fica com 14 pontos a mais (35%) entre os que avaliam positivamente a gestão de Doria, quando comparado com o total alcançado na cidade.

Mesmo cada um dos candidatos tendo uma proporção maior de votos entre os que avaliam positivamente os seus apoiadores, é importante destacar que Russomanno tem 27% das intenções de voto de quem avalia positivamente João Doria e Bruno Covas tem 20% daqueles que avaliam positivamente Bolsonaro.

Os que avaliam a administração de Doria como regular se dividem quase que igualmente entre os dois candidatos que aparecem, neste momento, à frente: Russomanno fica com 29% e Covas, com 27%. A diferença é um pouco maior entre aqueles que consideram a gestão de Bolsonaro regular - Russomanno tem 29% e Bruno Covas, 23%.

Já o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, atinge os seus maiores índices entre os que classificam as atuais administrações do governador e do presidente como negativas, atingindo 11% e 17%, respectivamente.

Portanto, neste momento, os dados mostram que a correlação de votar no candidato apoiado pelo governador ou pelo presidente entre os que avaliam positivamente a gestão de cada um deles não é tão ampla e direta. Só ao longo da campanha será possível observar, de fato, qual será o peso que governador e presidente terão na eleição do prefeito da maior cidade do País.

* CEO DO IBOPE INTELIGÊNCIA

Estadão
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