Quase metade da bancada evangélica na Câmara foi reeleita
É um dos menores índices de renovação das quatro principais bancadas suprapartidárias do Congresso
Quase metade da bancada evangélica da Câmara dos Deputados foi reeleita e deve voltar à Casa na próxima legislatura. Dos 82 deputados ativos na bancada, 37 foram reeleitos como deputados federais, ou seja, 45%. É um dos menores índices de renovação das quatro principais bancadas suprapartidárias do Congresso - servidores, evangélicos, bala e agronegócio. Entre julho e agosto, o Estado mostrou na série de reportagem Os donos do Congresso como o lobby desses setores atua no dia a dia da Câmara dos Deputados. Dos 513 deputados hoje no País, 285 participam diretamente da defesa de demandas dos setores.
A bancada evangélica foi também a que proporcionalmente mais tentou a reeleição neste ano. De acordo com os registros de candidaturas, 84% dos 82 parlamentares que compõe esse grupo tentaram garantir um retorno ao mesmo cargo no próximo ano. Um dos que não concorreu ao cargo de deputado federal, foi o Cabo Daciolo (Patriota-RJ) que concorreu à Presidência da República.
Assim como a bancada da segurança, também chamada de "bancada da bala", a dos evangélicos deve ganhar novos parlamentares, principalmente com a ascensão do PSL, de Jair Bolsonaro e a tendência é de crescimento do lobby. Para a próxima legislatura, um dos objetivos deste grupo é evitar mudanças em questões ligadas ao aborto e às drogas.
Oficialmente, há 182 integrantes em exercício na Frente Parlamentar Evangélica (FPE). No entanto, 105 deputados pertencem a outras religiões e entraram com suas assinaturas somente para viabilizar a criação da frente. Os 84 parlamentares representam 23 Estados, 21 legendas e 19 denominações evangélicas. O grupo, liderado na Câmara pelo deputado (PSC-PR), que não foi reeleito, oficializou apoio a Bolsonaro.
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