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Quase metade dos eleitores considera votar em indicado por Lula

Se for candidato, ex-presidente conta com apoio de 30% do eleitorado

10 jun 2018 - 09h22
(atualizado às 10h14)
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Se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há dois meses, ficar de fora da corrida presidencial deste ano, 30% dos eleitores afirmam que votariam com certeza num candidato indicado pelo petista, segundo pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste domingo (10/06). Outros 17% disseram que talvez escolhessem o apadrinhado pelo ex-presidente.

Ao mesmo tempo, 51% afirmaram que não votariam de maneira alguma num nome indicado por Lula. A rejeição é maior, no entanto, no caso de um candidato apoiado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (65%), e chega a 92% para um indicado por Michel Temer.

Nos cenários sem Lula, apesar de muitos indicarem que votariam num candidato apoiado pelo petista, grande parte dos eleitores do ex-presidente se mostra sem opção mesmo com outros nomes do PT na corrida.

Com Fernando Haddad (PT) na disputa, 45% dos lulistas dizem que votariam em branco ou nulo ou não sabem em quem votariam. A situação é semelhante (44%) no caso do outro candidato do partido cotado para substituir Lula, Jaques Wagner.

Sem um petista no pleito, Marina Silva (Rede) é a favorita dos lulistas, com 18%, seguida de Ciro Gomes (PDT), com 15%. Dos eleitores em geral, partidários do ex-presidente ou não, 32% disseram que Lula deveria apoiar a candidatura de Ciro.

Apesar de Lula teoricamente não poder participar da disputa eleitoral deste ano - já que a Lei da Ficha limpa impede políticos condenados de se candidatar -, o PT insiste que registrará a candidatura do ex-presidente. A decisão final caberá, então, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Se a presença de Lula se concretizasse, 30% dos eleitores em geral afirmaram que votariam no petista. Jair Bolsonaro (PSL) aparece em segundo lugar, com 17%, e Marina, em terceiro, com 10%. Ciro obteve 6%, empatado com Geraldo Alckmin (PSDB). Álvaro Dias (Podemos) ficou com 4%.

Caso Haddad fosse o candidato do PT, ele aparece somente com 1% das intenções de voto dos eleitores em geral. Bolsonaro obteve 19%, seguido de Marina, com 15%.

Numa simulação com Jaques Wagner na corrida, o resultado é semelhante ao obtido no caso da disputa com a presença de Haddad: o petista obteve 1% das intenções de voto, Bolsonaro, 19%, e Marina, 14%.

No caso de uma eleição sem o PT na disputa, Bolsonaro também aparece na liderança, com 19%, seguido de Marina, com 15%.

Num segundo turno, Marina é a que tem melhores chances contra Bolsonaro, segundo os cenários simulados pelo Datafolha.

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