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‘À moda Marina’: Crivella se apresenta como a nova política

Ato final de campanha, em Duque de Caxias, teve momento ‘Crivécio’, em que as equipes de Aécio e do candidato do PRB se encontraram na praça central da cidade

25 out 2014 - 15h50
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No seu último ato de campanha, neste sábado, o candidato ao governo do Rio, Marcelo Crivella (PRB), tomou para si a expressão mais usada pela presidenciável derrotada Marina Silva (PSB) nas eleições deste ano. Em carreata por bairros de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Crivella disse que sua candidatura representa a “nova política” e a do adversário, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), está identificada com a velha política.

“O povo do Rio de Janeiro vai decidir entre a velha política, representada por Cabral, Pezão, pelo (Jorge) Picciani (deputado estadual PMDB), pelo Eduardo Cunha (deputado federal PMDB), pelas festinhas em Paris, e a nova política, representada por nós que defendemos os direitos dos trabalhadores e o direito de nosso povo ter acesso a uma saúde que não discrimine ninguém”.

Senador há 12 anos e ex-ministro da Pesca do governo petista, o bispo licenciado da Igreja Universal disse que representa a mudança que o povo quer. Do alto de um caminhão aberto, ao lado de simpatizantes e comitiva, discursou para os moradores da cidade, prometendo “cuidar da saúde do povo” e levar água tratada a todos os bairros. Este, aliás, é um velho problema da Baixada, e muito explorado em forma de promessa ao longo de toda a disputa deste ano.  

‘Crivécio’

Com a presença de cabos eleitorais e carros de som do presidenciável Aécio Neves (PSDB) próximo à praça do Pacificador, de onde partiu a carreata, os jingles de campanha dos dois candidatos acabaram se misturando. A cada grito de Aécio na música que vinha de um caminhão, Crivella, já de partida, reforçava o pedido de voto em Dilma Rousseff, que é apoiada por ele.

Quem passasse pelo local poderia entender que, ao invés do “Dilmela” – híbrido de Crivella com Dilma – o desfile de carros de som pregava o voto “Crivécio” – saindo Dilma, entrando Aécio. No local, as bandeiras de Pezão também se misturavam às do concorrente do PRB. Mesmo com a presença de poucos veículos na carreata, o candidato chamou o evento final de campanha de “tsunami eleitoral” e “um maremoto de bandeiras”.

‘Amor à Igreja’

Segundo apurou a reportagem do Terra, uma parte do “maremoto de bandeiras” era garantido por cabos eleitorais contratados para animar o último dia de campanha de Crivella. Segundo alguns presentes, a participação no ato portando uma bandeira rendia R$ 60 ao cabo eleitoral.

Um outro simpatizante da campanha do candidato não receberia para trabalhar durante o sábado distribuindo adesivos e um CD com a trajetória política e as ações sociais de Crivella. Ele contou, sem se identificar, que estava ali “por amor à Igreja Universal”, da qual é seguidor. “Eu faço isso aqui nem é pelo candidato não, é pela igreja, que é uma porta de entrada para salvar as pessoas”. Segundo ele, a convocação em sua igreja para atuar na campanha foi feita para muitas outras pessoas que estavam nas ruas neste sábado. “Muita gente que tá aqui tá por amor à igreja, pode saber”.

Fonte: Especial para Terra
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