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"Minha condenação foi bacana", diz Garotinho no RJTV

20 ago 2014 - 20h33
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<p>Anthony Garotinho &eacute; candidato ao governo do Rio de Janeiro</p>
Anthony Garotinho é candidato ao governo do Rio de Janeiro
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O candidato ao governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR), passou metade da entrevista que concedeu ao RJTV, da TV Globo, tentando explicar as denúncias envolvendo seu ex-chefe de Policia Civil, Álvaro Lins. O ex-policial foi condenado pela Justiça Federal, em 2010, a 28 anos de prisão, por corrupção e formação de quadrilha armada, por ligações com o crime organizado enquanto Garotinho foi governador do Estado (1999-2002).

No mesmo processo, Garotinho foi condenado por formação de quadrilha a 2 anos e meio de detenção, pena convertida em prestação de serviços comunitários e pagamento de cestas básicas. Na entrevista, na noite desta quarta-feira (20), o concorrente do PR ironizou essa sentença: “minha condenação é dar cesta básica, bacana! Fui condenado a fazer o bem ao povo, o que sempre fiz”. Segundo Garotinho, a quadrilha envolvendo Álvaro Lins foi investigada a pedido de seu próprio governo. Ele alega que demorou a afastar o ex-chefe da polícia por não poder condenar sem provas.

Visivelmente tenso e pressionado a explicar a antiga polêmica, o candidato disse que foi “envolvido politicamente nesse assunto e que nunca foi preso, como divulgou a Globo”. Garotinho ainda acusou de suspeição o juiz responsável pelo caso, pelo fato de ser irmão de um funcionário nomeado “para um cargo de confiança” pelo então governador, Sérgio Cabral (PMDB/2007-2013) - Cabral sucedeu a mulher de Garotinho, Rosinha Garotinho (2003-2006) no comando do governo do Estado do Rio e se tornou seu principal inimigo político.

Em novo momento de tensão da entrevista, Garotinho foi questionado sobre como pretende fazer 90 km de metrô, como propõe na campanha, se na sua gestão – e na da esposa – não houve compra “de um trem sequer”, segundo a entrevistadora. “Desculpa, querida, está equivocada. O metrô da Siqueira Campos quem inaugurou fui eu, Cantagalo foi a Rosinha. Suas informações estão equivocadas”, afirmou, em alusão a duas estações abertas na zona sul da cidade durante o mandato de seu grupo político.

A esta altura, já aos 6 minutos da entrevista, de um total de 8 minutos, irritado, o candidato afirmou: “se eu fosse essa tragédia toda, não teriam votado em mim. Fui o deputado mais votado da história do Rio de Janeiro, com 700 mil votos” - em referência à disputa que resultou no seu atual mandato de deputado federal.

Sobre educação, novo round se seguiu. O concorrente foi questionado pelo fato de o governo da mulher, Rosinha, ter recebido nota baixa - 2,8 - no Ideb (Índice de Desempenho da Educação Básica), em 2005. O ataque foi direcionado, então, a Sérgio Cabral: “você devia perguntar por que o Sérgio Cabral fechou 300 escolas e por que temos hoje 176 mil alunos a menos que na nossa época”. Com a interrupção seguida da repórter, voltou a tensionar: “deixa eu falar. Fique calma. O candidato sou eu”. 

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Fonte: Terra
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