'Não julgo adversários que têm processos', diz Crivella
O candidato do PRB ao governo fluminense, senador Marcelo Crivella, minimizou, nesta quinta-feira, as acusações de que geralmente são alvo os detentores de mandato público no Brasil. Em entrevista ao RJTV, da Rede Globo, afirmou que “hoje, na vida pública, as pessoas são acusadas de tudo”.
Segundo o concorrente, é preciso sempre esperar o processo transitado e julgado, para se ter certeza de culpabilidade de acusados. “Eu sou ficha limpa, não tenho qualquer processo contra mim. E, mesmo assim, não julgo nem meus adversários que têm dezenas de processos”, respondeu, sem citar nomes.
As declarações foram uma resposta ao questionamento feito na entrevista de que, dos dez deputados federais do PRB na Câmara, metade responde a processos. Entre as acusações, estariam peculato, trabalho escravo, falsidade ideológica e outros, como listou a entrevistadora. Na sua defesa, o concorrente disse que, nesta disputa, não comprou tempo de TV e não fez “alianças espúrias”.
Atuação no ministério
Crivella também foi confrontado com dados de inspeção feita pela Controladoria Geral da União, em 2012, sobre sua gestão como ministro da pesca do governo Dilma Rousseff (PT). No levantamento, foram apontados problemas como falta de controle do orçamento e desperdício de dinheiro público. “A Controladoria Geral não me deu oportunidade de mostrar que eles estavam completamente equivocados”, afirmou.
Como contraponto ao questionamento, o ex-ministro alegou que dobrou a produção de peixe no país e economizou “400 mil salários mínimos” no pagamento de seguro-defesa aos pescadores. Este seguro é uma verba temporária compensatória paga aos pescadores pelo governo durante o período em que a pesca está suspensa para proteger a reprodução dos peixes. O concorrente acrescentou que, quando deixou o ministério, a presidente Dilma disse que ele havia “feito história” no cargo.