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Pergunta "cadê o Amarildo?" põe Pezão contra a parede no Rio

Tarcisio Motta e Marcelo Crivella bateram forte no atual governador e todos lembraram da ligação entre Pezão e o ex-governador Sérgio Cabral

1 out 2014 - 00h31
(atualizado às 09h39)
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A pergunta que tomou conta das ruas do Rio nas manifestações do ano passado foi a marca do debate entre os candidatos ao governo do Estado, promovido pela TV Globo, nesta terça-feira: “Onde está o Amarildo?”. O governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão, do PMDB, foi questionado pelo candidato do PSOL, Tarcísio Motta, sobre o sumiço do pedreiro. Pezão sorriu amarelo e respirou fundo antes de responder que a polícia do Rio avançou na elucidação de crimes e que as câmeras instaladas nas comunidades é que permitiram, por exemplo, saber o destino do pedreiro, que desapareceu da sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha no dia 14 de julho do ano passado.

Candidatos discutiram suas propostas e aproveitaram para atacar os rivais
Candidatos discutiram suas propostas e aproveitaram para atacar os rivais
Foto: Antônio Pinheiro/Campanha Lindberg Farias / Divulgação

Tarcísio contra-atacou dizendo que era uma vergonha ele começar a resposta rindo e que a família do pedreiro merecia dar um enterro digno ao seu familiar. No fim Motta bateu pesado dizendo que Pezão era financiado pelas grandes empreiteiras e empresas. No twitter a hashtag “cadeoamarildo” rapidamente se tornou um dos temas mais citados no Rio.

Pesquisa Ibope divulgada na terça-feira aponta Pezão na liderança na corrida pelo governo do Rio de Janeira, com 31% das intenções de voto. Em seguida, aparecem Anthony Garotinho (PR), com 21%, Marcelo Crivella (PRB), com 16%, e Lindberg Farias (PT), com 9%.

Outro destaque do debate foi o senador Marcelo Crivella, que parecia disposto a se destacar para tentar desbancar o ex-governador do segundo turno. E por pouco não conseguiu ser o melhor da noite. Crivella lembrou das manifestações populares do ano passado e dos gritos contra Cabral nas ruas. “Quem clamou nas ruas contra Cabral não pode votar no candidato dele”, disse, chamando Pezão de “lobo em pele de cordeiro”.

Cabral, aliás, foi o mais lembrado da noite. Para atacar Luiz Fernando Pezão os outros quatro candidatos buscaram a todo custo ligar Pezão a Cabral. “Pezão é Cabral, Cabral é Pezão. Nas ruas chama até de Cabrão”, disse Marcelo Crivella um dos mais agressivos contra Pezão. Garotinho parecia abatido ou estrategicamente querendo ficar fora de polêmicas para não perder a vantagem que tem sobre Crivella nas pesquisas e se manter na disputa do segundo turno.

Tática de isolamento

Anthony Garotinho, Lindberg Farias e Crivella pareciam ter adotado a tática de isolar Pezão do debate. Mesmo sabendo que o tempo dos cinco candidatos no fim seria o mesmo. Crivella perguntou a Pezão se ele não se envergonhava de ter participado de um governo de tantos escândalos. Pezão disse apenas que se orgulhava sim dos feitos do Governo Cabral.

Lindberg e Crivella lembraram ainda do suposto superfaturamento das obras do Maracanã para a Copa de 2014, do fato de a mulher de Cabral ser advogada da Supervia, concessionária dos trens metropolitanos do Estado. Garotinho voltou a ser chamado de “mentiroso profissional” por Motta, lembrou do fechamento do hospital do Iaserj por parte do governo Cabral. Pezão se defendeu lembrando que é do seu governo os projetos das Unidades de Pronto Atendimento e do Centro Vocacionais Tecnológicos.

LGBT

Tarcisio Motta foi o único a tocar no tema polêmico das declarações do candidato à presidência pelo PRTB, Levy Fidelix, e pediu que todos se unissem contra qualquer tipo de discriminação. Mas não recebeu respostas dos outros candidatos. 

Fonte: Terra
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