Pezão é reeleito para o governo do Rio com 55% dos votos
Com 100% dos votos apurados, está definida a reeleição de Luiz Fernando Pezão (PMDB) para o cargo de governador do Rio de Janeiro, com 55,78% dos votos válidos. Marcelo Crivella (PRB) teve 44,22% dos votos válidos. Confira o resultado final do segundo turno.
Luiz Fernando Pezão (PMDB): 55,78%
Marcelo Crivella (PRB): 44,22%
Brancos: 3,39%
Nulo: 13,96%
Quem é Luiz Fernando de Souza "Pezão" (PMDB)
Luiz Fernando de Souza, o Pezão, tem 59 anos e vai ficar mais quatro anos à frente do governo do Rio de Janeiro. Alçado ao cargo no mês de maio, depois da renúncia de Sérgio Cabral (PMDB), o administrador de empresas e economista tenta mudar a cara de um governo que até o início do ano tinha menos de 20% de aprovação por conta de escândalos e superfaturamento de obras.
Casado com Maria Lucia, com quem tem dois filhos, Pezão, foi duas vezes prefeito da cidade de Piraí, no sul do Estado, secretário de governo de Rosinha Garotinho (PSB) entre 2003 e 2006, e depois duas vezes eleito vice-governador ao lado de Cabral.
O apelido do político tem origem nos pés tamanho 47,5, que, segundo ele, servem para “andar em cada cantinho do Estado”. Além de vice-governador, foi secretário especial de infraestrutura do governo, responsável pelas obras reforma do Maracanã para a Copa do Mundo, que custaram cerca de R$ 1,3 bilhão.
A campanha de Pezão foi baseada na parceria que o político fez com a presidente Dilma Roussef, que o apelidou de “pai do PAC” no Rio, e na manutenção e ampliação do programa das Unidades de Polícia Pacificadora nas comunidades. O projeto, que deu resultado no início, começa a sair de controle com o aumento da violência na Região Metropolitana e pode ser um calcanhar de Aquiles na nova gestão de Pezão.
Apesar de o governador eleito ter fama de ser uma pessoa simples, característica trabalhada à exaustão no primeiro turno, na segunda fase da campanha o foco foram as características de administrador de Pezão. Além disso, o então candidato abandonou a imagem de bom moço, atacando ferozmente seu adversário, Marcelo Crivella (PRB) - bispo da Igreja Universal do Reino de Deus - criando um atrito perigoso com eleitores evangélicos.
Pezão tem o desafio de se desvincular da péssima imagem deixada por seu antecessor, Sérgio Cabral. E com apoio recebidos, como o de Romário, por exemplo, parece ter começado a tomar um destino distinto ao daquele que considera seu “irmão”. Mas vai ter trabalho. Sua coligação tinha nada mais nada menos do que 18 partidos no início das eleições e, depois do segundo turno, o número subiu para 21.