Veja frases do debate entre os candidatos ao governo do Rio
Tarcísio Motta (Psol) e Marcelo Crivella (PRB) foram os que mais atacaram o governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB)
Os cinco principais candidatos ao governo do Rio protagonizaram alguns embates durante o debate da TV Globo, na noite de terça-feira. Ao contrário do esperado, Anthony Garotinho (PR) se recolheu e evitou usar da ironia e de suas tradicionais frases de efeito para atacar os adversários. Esse papel foi dividido entre o candidato do Psol, Tarcísio Motta, e o do PRB, Marcelo Crivella. Este foi dono de uma inesperada performance de franco atirador, que não é do seu perfil e que não tinha usado até este momento da campanha.
Pesquisa Ibope divulgada na terça-feira aponta Luiz Fernando Pezão (PMDB) na liderança na corrida pelo governo do Rio de Janeira, com 31% das intenções de voto. Em seguida, aparecem Anthony Garotinho, com 21%, Marcelo Crivella, com 16%, e Lindberg Farias (PT), com 9%.
A seguir, as principais declarações da noite:
“O PMDB se tornou o coveiro do melhor projeto que tivemos na Educação: os Cieps”, do senador Marcelo Crivella (PRB), em referência ao projeto criado nos anos 1980 por Leonel Brizola e Darcy Ribeiro.
“Precisamos retomar o ‘Fora, Cabral’”, Crivella, em um dos vários momentos em que usou e abusou da ironia e das críticas aos governos Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB.
“Gostaria de fazer um pronunciamento de repúdio à incitação ao ódio que aconteceu no debate presidencial. Precisamos estar unidos no combate a todas as formas de homofobia”, disse Tarcísio Motta sobre a polêmica declaração do candidato Levy Fidelix no debate da TV Record, no último domingo.
“Vocês se parecem muito”, Lindberg Farias, ao candidato Anthony Garotinho, tentando colar a imagem deste à do atual governador, Luiz Fernando Pezão.
“O Pezão acha que cumprir o seu dever dá a ele direito de manter escondido, não denunciar, os sucessivos escândalos que envergonharam o povo fluminense. Fazer o bem não lhe dá o direito de fazer o mal”, Crivella sobre as denúncias envolvendo a gestão Sérgio Cabral, padrinho político de Pezão.
“As milícias nasceram no seu governo”, Tarcísio Motta para Anthony Garotinho, governador entre 1998 e 2002.
“O que caracteriza o mentiroso profissional é acreditar na própria mentira”, Tarcísio novamente para Garotinho, ainda sobre o tema milícias.
“Eu não sou igual ao Pezão. O PMDB que está aí é um PMDB podre, corrupto”, Garotinho.
“Se o Pezão está escondendo o Cabral (na campanha), você também está escondendo suas atitudes ‘cabralinas’”,Tarcísio Motta para Garotinho, lembrando que sua origem política é o grupo de Pezão e Cabral.
“É importante que o governo tenha mãos limpas. Senão suja tudo. Suja até a Petrobras, onde líderes políticos da nossa terra, para nossa amargura, se envolvem em escândalos de bilhões”, Marcelo Crivella, sobre as denúncias de corrupção na Petrobras.
“Pezão é Cabral, Cabral é Pezão. O povo na rua diz que é o ‘Cabrão’”, Crivella, fazendo rir a plateia do estúdio e os jornalistas presentes.
“Vocês, depois de terem recebido usina nuclear, refinaria de petróleo, arco metropolitano, responderam com a chapa Aezão, formada por você e Aécio, e ainda patrocinaram o (deputado federal) Eduardo Cunha para ser o líder do PMDB”, Crivella, sobre a chapa formada por dissidentes peemedebistas, que não aceitavam apoiar a candidatura de Dilma Rousseff (PT) e apoiaram Aécio Neves, do PSDB.
“Pezão, cadê o Amarildo?”, Tarcísio Motta, para o governador do Rio, sobre o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, após ser abordado pela PM na favela da Rocinha, em julho de 2013. Antes de responder, Pezão sorriu.
“As câmeras que detectaram o desaparecimento do Amarildo fomos nós que colocamos dentro da comunidade”, Pezão.
“Sou eu que tenho rabo de cavalo, mas é ele quem tem o rabo preso”, Tarcísio sobre o governador Pezão.