Witzel ameaça dar voz de prisão a Paes 'ao vivo' em debate
Candidato do PSC também disse, em ato na zona oeste do Rio, que defende 'direitos humanos para proteger humanos direitos'
O candidato do PSC ao governo do Rio, Wilson Witzel, acusou nesta terça-feira, 9, a campanha de Eduardo Paes (DEM) de produzir fake news contra ele e ameaçou o rival com voz de prisão durante os debates eleitorais, caso Paes 'fale mentiras ao vivo'. Witzel também endureceu o discurso sobre segurança pública e disse, em ato na zona oeste do Rio, que defende "direitos humanos para proteger humanos direitos". Witzel é juiz federal e pediu exoneração do cargo no começo do ano para disputar as eleições.
"Essas fake news que estão correndo você vai ser responsabilizado por todas. Que você mostre sua cara e vá no debate. Mas cuidado que o crime de injúria tá sujeito a prisão em flagrante, viu", ameaçou Witzel, em um vídeo publicado na internet na segunda-feira. "Conversa com seus advogados porque se você falar mentira ao vivo eu vou te dar voz de prisão."
Em agenda de campanha nos bairros de Santa Cruz, Campo Grande e Bangu, Wiztel atribuiu a ameaça à forma irresponsável com a qual se faz política. "O crime de injúria é de pequeno potencial ofensivo e está sujeito a voz de prisão. A política está sendo feita de forma irresponsável. Se for praticado crime de injúria durante programa de televisão, a gente vai parar na delegacia", afirmou.
"Cuidado com sua língua. Você é despreparado emocionalmente, já deu soco na cara de uma pessoa na rua. Eduardo, volta para Nova York e fica por lá", continuou.
Promessa de investimentos
O candidato do PSC também afirmou que está recebendo acenos de empresários estrangeiros dispostos a investir no Estado. "Há empresários de olho no Rio. O Estado está sendo olhando por fundos internacionais. Com um governador equilibrado, que tem respeitabilidade, que já declarou que não vai ser sócio de empresário, cúmplice de empreiteira, vai abrir a oportunidade para gente decente investir no Rio".
Witzel também comentou a crítica feita à sua passagem ao segundo turno por seu filho mais velho, Erick, de 24 anos. O rapaz postou no Instagram que o domingo das eleições foi um dia triste para a história do País e ao Estado. "Viva a democracia. Meu filho tem a opinião política dele, não sei exatamente o que foi que falou. Eu respeito tudo o que ele pensa, eduquei meus filhos para ter opinião própria. Posso não concordar. Ele sabe da minha posição do ponto de vista ideológico, que é de direita".
Em relação a doações para sua campanha, afirmou que não houve doadores externos. Foi uma resposta ao suposto apoio à sua candidatura pelo empresário Mário Peixoto. Ele é acusado de ligação com o esquema de corrupção do ex-governador Sergio Cabral (MDB) e de ter pago mesada a conselheiros do Tribunal de Contas de Contas do Estado. Witzel negou que tenha recebido este apoio.