Ana Amélia: 'mais médicos financia governo falido de Cuba'
A candidata do PP ao governo do Rio Grande do Sul, a senadora Ana Amélia Lemos fez coro nesta quinta-feira às críticas do colega Aécio Neves (PSDB) ao Programa Mais Médicos. “Não estamos trazendo mais médicos. Estamos financiando um governo que faliu, que é o governo de Cuba. É um contrato secreto com Cuba e, se é bom, não pode ser secreto. Ainda não se abriu esta caixa preta”, disse.
As declarações foram feitas durante encontro da candidata com empresários do setor da saúde, em Porto Alegre. O diretório do PP do Rio Grande do Sul e a senadora decidiram apoiar Aécio na disputa presidencial, apesar de o diretório nacional do partido ter optado por permanecer na aliança com a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.
Ao final do evento, a senadora reforçou que ela e Aécio usam a mesma linguagem. Questionada sobre se considera ou não o Mais Médicos um bom programa, respondeu que ele precisa ser aperfeiçoado e necessita de mais transparência. “A crítica é quanto à transparência. Mas também tem as questões da qualificação dos médicos e da reciprocidade, da equivalência dos diplomas.”
Em outra crítica ao governo da presidente Dilma, a candidata disse que o governo está aumentando a prestação de serviços em saúde, mas que faz isso com qualidade discutível. E assinalou os baixos preços da tabela do SUS para os prestadores de serviços em saúde. “Felizmente São Paulo está dando a resposta agora nas urnas àquele ministro”, emendou, em referência expressa ao ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, candidato petista ao governo de São Paulo.
Ana Amélia defendeu ainda a formação de parcerias público-privadas na área da saúde. Referindo-se à esfera estadual, disse que a Secretaria da Saúde não pode ser “um mero agente do SUS.” “Se o setor privado pode responder com mais rapidez, junto com o setor público, e com transparência, não há porque não fazer”, considerou.
A senadora, que vem polarizando a disputa com o governador Tarso Genro (PT), candidato à reeleição, e é apontada pelos adversários petistas como “a representante da direita”, também fez considerações sobre seu papel na corrida ao governo. “Direita, esquerda, capitalismo, socialismo. O mundo hoje não se divide mais assim. Como diz Alvin Tofler, se divide entre rápidos e lentos. Eu não me pauto por uma ideologia, me pauto pelo senso comum.”