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No RS, Lasier fala que "são 400 picaretas" no Congresso

27 ago 2014 - 19h23
(atualizado às 19h47)
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O jornalista Lasier Martins, que no Rio Grande do Sul disputa uma vaga ao Senado pelo PDT, nesta quarta-feira recorreu a uma frase do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para externar sua opinião sobre o Congresso Nacional. “O Lula dizia que eram 300 picaretas. Eu acho que continua. Tem gente que me diz que já são 400. É preciso a gente ir lá para dentro para saber. Mas uma maioria é de maus políticos, que pensam primeiro em servir-se”, disse.

O candidato também fez críticas diretas ao Senado. “O Senado é muito acomodado, trabalha poucos dias na semana e custa caríssimo. O mordomo do Renan Calheiros ganha R$ 14 mil de salário. Isso é abuso”. Na sequência, Lasier afirmou que poderia ter se candidatado a uma cadeira na Câmara, mas escolheu o Senado porque “é mais fácil e dá para trabalhar descansado por oito anos, enquanto que um deputado federal, ao final do segundo ano, já precisa correr atrás da reeleição”.

As declarações foram feitas a jornalistas na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do RS (Federasul), em Porto Alegre, onde o pedetista discursou para empresários. Durante a palestra, Lasier voltou a dizer que no Senado, ao invés da pulverização que caracteriza a Câmara, há mais espaço. “No Senado são apenas 81, e não é necessário, dois anos depois da posse, se preocupar com a campanha a seguir”.

Questionado sobre o ingresso do senador Pedro Simon na disputa pela vaga, Lasier considerou que o concorrente “já fez o que tinha que fazer pelo Rio Grande do Sul”, mas ressalvou que as consequências da alteração sobre a eleição são imprevisíveis. As últimas pesquisas de intenções de voto no RS mostravam que o jornalista e o petista Olívio Dutra (PT) polarizavam a corrida ao Senado. No último domingo, contudo, Simon, que antes havia prometido abandonar a vida pública, decidiu concorrer ao seu quinto mandato. Ele entra na disputa no lugar de Beto Albuquerque (PSB), que deixou a chapa estadual (no RS, PMDB e PSB estão coligados) para disputar a eleição como vice de Marina Silva. Ainda não foram divulgadas pesquisas estaduais após a mudança no cenário.

Sobre a “onda Marina”, o pedetista disse que ainda é cedo para avaliar a consistência dos números que a ex-senadora acreana vem apresentando. “Por volta de 5 de setembro ou 10 de setembro é que o que as pesquisas vão sedimentar.” Lasier acrescentou que ainda não escolheu em quem vai votar para presidente. Desde o início da candidatura, ele havia excluído a possibilidade de optar pela presidente Dilma Rousseff (PT). Nesta quarta-feira, reafirmou sua posição.

“Eu não voto na Dilma, a Dilma já deu o que tinha que dar”. O PDT nacional permanece aliado à presidente. No Estado, a maioria do partido também, mas o diretório estadual liberou os filiados porque tanto Lasier como o candidato ao governo, o deputado Vieira da Cunha, negaram-se a apoiar a petista. Para a eleição estadual, o partido fechou coligação com o DEM, o PSC, o PV e o PEN.

Fonte: Terra
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