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No RS, Lula pede vitória como presente de aniversário

22 out 2014 - 18h43
(atualizado em 24/10/2014 às 12h36)
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Ex-presidente pediu vitória de Dilma e Tarso Genro como presente de aniversário de 69 anos
Ex-presidente pediu vitória de Dilma e Tarso Genro como presente de aniversário de 69 anos
Foto: Caco Argemi / UPPRS/Divulgação

“Eu faço 69 anos na segunda-feira, dia 27 outubro. Por favor, me dêem um presente. A vitória da Dilma e do Tarso.” O pedido encerrou o discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ato da campanha petista realizado no final da manhã desta quarta-feira, em Porto Alegre. Debaixo de um calor de quase 30°C e em plena hora do almoço, milhares de militantes participaram da caminhada que aconteceu entre a Praça da Alfandega e o Largo Glênio Peres, no Centro.

Em um discurso inflamado, Lula mirou diretamente no senador tucano Aécio Neves, adversário da presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa presidencial. “Tem um que fala: ‘vou dar um choque de gestão’. Até parece que ele é dono de hidrelétrica, só fala nisso. E esse negócio de choque, já deram na Dilma, durante a ditadura.”

Lula também atacou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), lembrando suas declarações sobre quem votou em Dilma. “Houve um doutor, muito famoso, sociólogo, que chegou a dizer a insanidade de que a Dilma havia ganho pelo voto dos desinformados. Como uma pessoa pode estudar tanto e ser tão desinformada? Ele não conhece este País.”

Centenas de militantes do PT foram às ruas de Porto Alegre
Centenas de militantes do PT foram às ruas de Porto Alegre
Foto: Caco Argemi / UPPRS/Divulgação

O ex-presidente voltou ainda a comparar o momento atual e o fim da era Vargas. “Eu vejo hoje a mesma histeria que a direita tinha contra o Getúlio nos anos 50.” E ironizou: “vejo até como a imprensa, tão democrática, que fala bem de mim e da Dilma o tempo inteiro, não tem partido e nem candidato.”

Referindo-se a postura dos adversários na eleição, disparou: “não é divergência política, programática, ideológica. Parece que é ódio de classe. Parece uma coisa absurda. As pessoas se incomodam porque antes só filho de rico pegava avião e ia lá ver o Mickey. Agora filho de trabalhador também pode.” O ex-presidente citou o Congresso. “O Congresso não prestava? Vocês vão ver o Congresso eleito agora. É um pouco pior. A bancada dos trabalhadores caiu pela metade.”

Em diferentes momentos, Lula fez referências diretas à disputa estadual entre o governador Tarso Genro (PT), que tenta a reeleição, e seu adversário na disputa, o peemedebista José Ivo Sartori, que aparece à frente nas pesquisas. “Quando o PT lança candidato, querem saber até a cor da nossa roupa íntima, porque, senão, dizem que não temos propostas. Quando vejo o adversário do Tarso dizendo que vai cortar, cuidado, porque vai cair em cima do pobre e do trabalhador.”

Em outra parte do discurso, o ex-presidente voltou a ironizar Sartori. “Não consigo entender essa aposta no escuro, no abstrato, esse discurso do ‘eu sou de todos, vou fazer de tudo’. Aí você pergunta: vai governar com quem? ‘Com todos’. O que você vai fazer? ‘Cortar gastos’."

Tarso, que falou antes de Lula, deixou o ato durante o discurso do ex-presidente para cumprir agenda de campanha. Após se despedir, contudo, pegou novamente o microfone. “Me perdoa, mas não posso perder essa. De dizer que a única proposta que o nosso adversário fez até agora foi para o Tumelero”, alfinetou, para delírio da militância, e em mais uma alusão a piada feita por Sartori sobre o piso do magistério na segunda-feira, durante entrevista ao Terra.

A caminhada desta quarta foi considerada como de encerramento da campanha, mas, no sábado, o PT prepara novo ato, com Dilma, que estará no Rio Grande do Sul para votar.

Fonte: Especial para Terra
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