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RS: José Ivo Sartori é eleito governador com 61,2% dos votos

Ele venceu o candidato petista Tarso Genro

26 out 2014 - 18h39
(atualizado em 27/10/2014 às 00h03)
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<p><span style="font-size: 15.1999998092651px;">Candidato José Ivo Sartori participa da Convenção Estadual PMDB em Porto Alegre, em 30 de junho</span></p>
Candidato José Ivo Sartori participa da Convenção Estadual PMDB em Porto Alegre, em 30 de junho
Foto: Luiz Chaves / Fotos Públicas

Com 100% dos votos apurados, está definido como governador do Rio Grande do Sul José Ivo Sartori (PMDB), que recebeu 61,21% dos votos válidos.Tarso Genro (PT) teve 38,79% dos votos válidos. Confira o resultado do segundo turno e um breve perfil do vencedor.

José Ivo Sartori (PMDB): 61,21 %

Tarso Genro (PT): 38,79 %

Brancos:3,12 %

Nulos: 4,97 %

Quem é José Ivo Sartori

O novo governador do Rio Grande do Sul, o peemedebista José Ivo Sartori, nasceu em Farroupilha, na Serra gaúcha, em 25 de fevereiro de 1948. Seu companheiro na corrida ao Palácio Piratini e vice eleito é o empresário e pecuarista José Paulo Cairoli (PSD). Com 66 anos, Sartori é professor formado em Filosofia. Ele deu início a sua carreira como político em 1976, quando, pelo então MDB, se elegeu vereador na cidade de Caxias do Sul. Seis anos depois conquistou o primeiro de cinco mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa do RS. No governo de Pedro Simon (PMDB), comandou a pasta do Trabalho e Bem Estar Social entre os anos de 1987 e 1988.

Em 2002 Sartori se elegeu deputado federal, mas permaneceu na Câmara por apenas dois anos. Em 2004, após duas tentativas anteriores frustradas, disputou e venceu a prefeitura de Caxias do Sul. Concorreu à reeleição para a prefeitura em 2008 encabeçando uma aliança formada por 14 partidos e novamente venceu. Em 2012 elegeu o sucessor à frente da prefeitura, o pedetista Alceu Barbosa Velho, que havia sido seu vice-prefeito, e deixou a administração com altos índices de aprovação. 

No ano passado, quando o PMDB gaúcho especulava entre ele e o ex-governador Germano Rigotto como candidato para a eleição estadual, ganhou o apoio do senador Pedro Simon e teve seu nome fortalecido. Desde o começo das articulações, contudo, negou-se a apoiar no Estado a aliança nacional do PMDB com o PT e o nome da presidente Dilma Rousseff (PT) na corrida eleitoral.

Foto: Fernado Teixeira / Futura Press

Em função da divergência, uma ala do PMDB gaúcho optou por lançar outro nome na disputa interna, mas Sartori venceu com folga a convenção partidária. Declarou apoio a Eduardo Campos para a eleição presidencial, fechou aliança com o PSB no Estado e manteve o apoio a Marina Silva após a morte de Campos. No segundo turno continuou na oposição ao governo Dilma e abriu palanque no RS para Aécio Neves (PSDB). 

Pouco conhecido fora de sua região do Estado e concorrendo com dois candidatos de projeção nacional, começou a corrida ao Piratini com baixas intenções de voto (na faixa dos 4%). No primeiro turno, optou por uma campanha que evitou os ataques diretos, se colocou como opção à polarização entre PT e PP e reforçou uma imagem de homem simples e afeito ao trabalho, características atribuídas aos gaúchos descendentes de imigrantes italianos, conhecidos no Estado como ‘gringos’. A estratégia deu certo e, quando faltavam três semanas para a votação, começou a dar saltos nas pesquisas. Acabou derrubando a senadora Ana Amélia Lemos, que concorria como favorita, pelo PP. 

Dezenas de pessoas foram às ruas de Porto Alegre comemorar a vitória de Sartori
Dezenas de pessoas foram às ruas de Porto Alegre comemorar a vitória de Sartori
Foto: Fernando Teixeira / Futura Press

Sartori entrou no segundo turno capitaneando adesões. Além dos partidos de sua coligação (PMDB, PSD, PSB, PPS, PHS, PTdoB, PSL e PSDC), obteve apoio de outras 11 siglas, entre elas PP e DEM. Inicialmente, incrementou ainda mais a imagem do ‘gringo piadista’ e que fornecia respostas genéricas a todos os questionamentos. Mas a estratégia começou a ser questionada por parte dos eleitores e atacada pela campanha adversária. Uma piada sobre o piso do magistério feita pelo peemedebista durante entrevista ao Terra nesta última semana da eleição arranhou sua imagem de político inocente e cordial.  

Mesmo com as pesquisas indicando que tinha uma larga vantagem, ao final da corrida, mudou o tom do discurso e passou a fazer ataques diretos, alguns de cunho pessoal, ao adversário, o governador Tarso Genro (PT). Após a vitória, seu primeiro desafio será a negociação com os 19 partidos que chegam junto com ele ao Piratini.

Fonte: Terra
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