RS: vereadora que só teve próprio voto assume vaga em Câmara
Nem o próprio marido votou nela nas eleições de 2012, mas ela ficou na vaga de sétima suplente
Veridiana Bassoto Pasini é secretária de um consultório odontológico da pequena cidade de Coronel Pilar, com 1,7 mil habitantes. Há dois anos, ela concorreu a uma vaga de vereadora pelo PTB, mas viu seu sonho cair por terra, ao perceber que só tinha recebido um voto. Nem seu marido apostou nela.
Quem foi eleito para a vaga foi Luciano Contini (PMDB), que recentemente se afastou por motivos médicos. Com isso, assumiu a vaga Iraci Moresco Zanatta, que também deixou o cargo. Mas nenhum dos outros suplentes pôde assumir, e a vaga chegou para Veridiana, a sétima da lista.
“Só tive o meu voto, e como estávamos apoiando um outro candidato, meu marido votou nele que é sobrinho nosso e tinha mais chances de ganhar”, conta Veridiana, admitindo que nem fez muita campanha naquela eleição de dois anos atrás, que foi sua primeira experiência concorrendo a um cargo eletivo.
Ela diz que pensava “vagamente” em assumir o cargo, “mas como tinha muita gente na minha frente.... e se acontece, imaginei que ninguém ia saber, ainda mais por conta de onde moro”, disse, surpresa com a repercussão que o caso teve.
“Todo mundo disse que essa exposição toda pode me ajudar em uma nova eleição”, disse, já ciente de que o tempo de trabalho que lhe resta, até o dia 30 de setembro, é pouco para fazer alguma coisa. “Pelo menos vou ter essa experiência, de uma coisa diferente”, disse.
Veridiana afirma que vai manter o emprego de secretária, já que as sessões da Câmara Municipal ocorrem durante e noite. “O resto das atividades é na rua, então dá pra fazer no tempo livre”.