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SC: 'Presidente THC' pede apoio de 'maconheiros' na eleição

1 ago 2014 - 21h48
(atualizado às 21h49)
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O presidente THC, personagem utilizado por Lucas de Oliveira para defender a descriminalização da maconha, lançou nesta sexta-feira a campanha para o cargo de deputado federal pelo PSDB
O presidente THC, personagem utilizado por Lucas de Oliveira para defender a descriminalização da maconha, lançou nesta sexta-feira a campanha para o cargo de deputado federal pelo PSDB
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Terra

Um dos mais polêmicos candidatos nas últimas eleições municipais de Florianópolis está de volta. O presidente THC, personagem utilizado por Lucas de Oliveira para defender a descriminalização da maconha lançou nesta sexta-feira a campanha para o cargo de deputado federal pelo PSDB.

Presidente THC é uma clara referência ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e, principalmente, ao princípio ativo da cannabis. Nas últimas eleições, Oliveira causou polêmica ao utilizar bonecos gigantes e gritar maconha pelas ruas da cidade.

O bordão "bota um da massa" foi alvo de denúncias por parte da Promotoria Eleitoral, que moveu dez processos judiciais contra o tucano, incluindo um por suposta apologia ao uso do entorpecente e uma acusação de estimular adolescentes a usar drogas. Dois correligionários chegaram a ser presos e os bonecos gigantes apreendidos. Ao final, o candidato foi absolvido, conquistou 1.115 votos, mas não conseguiu uma vaga no Legislativo.

Na tarde desta sexta, o presidente THC reuniu militantes na escadaria da Catedral Metropolitana de Florianópolis. O ato serviu marcar o início de sua campanha. "A nossa campanha é muito mais cultural do que político-partidária", disse. "Queremos debater o tema, que já ganhou força no Uruguai e nos Estados Unidos, com o controle do estado sobre a maconha."

A aposta desta vez é mais ousada. Ele promete usar novas "tecnologias" para chamar a atenção sobre o tema na campanha. Segundo o tucano, a sociedade precisa debater a questão da maconha de uma maneira mais ampla. "Minha campanha começou em 2012 e sofremos pela ação de forças estranhas e pela perseguição, o que foi completamente antidemocrático e nos remeteu à ditadura", afirmou. "A palavra maconha engloba muitas outras coisas, como educação, segurança e, principalmente, saúde. Queremos fazer uma política diferente e, por isso, nossa campanha vai fazer com que maconheiros e famílias busquem coisas positivas para a sociedade."

Além dos tradicionais bonecos gigantes - que foram apreendidos pela Justiça Eleitoral, em 2010, e não devolvidos - o presidente THC promete inovações na campanha deste ano. Ele não dá o "pulo do gato", mas afirma que irá realizar ações para promover o debate sobre a questão da cannabis ao longo de sua campanha. "Vamos organizar nossa campanha com marketing de guerrilha, completamente diferente dessa campanha de cartazes, faixas e caixa dois, que estamos acostumados e que não concordamos", disse. "Está brotando uma nova política com geração que já nasce sabendo sobre tecnologia. Política não pode ser mais um rincão onde se troca voto por favores. É preciso que os maconheiros e a galera da paz e do amor entrem na política."

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Fonte: Especial para Terra
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