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São Paulo: PSOL cresce e PSDB perde assentos em Câmara com mandatos coletivos e vereadores trans

Nova composição do Legislativo paulista tem mais vereadores nas pontas do espectro político; nem Boulos nem Covas teriam maioria com nova configuração

16 nov 2020 - 13h43
(atualizado em 19/11/2020 às 21h24)
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Com uma taxa de renovação próxima do que foi obtido nas eleições passadas (38%), a Câmara Municipal terá dois vereadores trans na próxima legislatura, dois mandatos coletivos e a manutenção de antigos caciques. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou o nome dos 55 eleitos na manhã desta segunda-feira, 16. PT e PSDB perderam vagas, mas continuam sendo as maiores bancadas (com oito vereadores cada). O PSOL, partido do candidato Guilherme Boulos, foi o que mais cresceu, partindo dos 2 assentos atuais para 6 vereadores eleitos.

O empresário Thammy Miranda.
O empresário Thammy Miranda.
Foto: Instagram/@thammymiranda / Estadão

Com a nova composição do Legislativo paulista, foram apliadas as vagas ocupadas por nomes nos extremos do espectro político. Do lado da direita, o Movimento Brasil Livre (MBL) emplacou três nomes na casa. O PSL manteve um assento. A cidade terá a primeira vereadora apoiada diretamente pelo presidente Jair Bolsonaro. Além disso, o Novo ampliou de um para dois os assentos. Seriam assim sete nomes

No outro extremo, PSOL e PT têm, juntos, 14 vagas.

Dessa forma, o prefeito Bruno Covas (PSDB), que disputa a reeleição, já largaria sem 21 vereadores (ou com 34 parlamentares em sua base) caso seja reeleito. Segundo as regras da Câmara, para votações mais importantes, como a revisão do Plano Diretor programada para este ano, são necessários 37 votos.

Já Guilherme Boulos (PSOL), adversário de Covas no segundo turno, começaria o governo com apenas 14 votos garantidos (justamente os do PT e do PSOL). É uma quantidade que não permite aprovação de nenhum projeto de lei, o que faria com que o candidato obrigatoriamente tivesse de negociar na desvantagem com o Legislativo.

Nova configuração da Câmara

Auxiliares de Covas já avaliavam um crescimento da bancada do PSOL por causa da campanha do adversário da legenda. O PSDB perdeu quatro cadeiras e passou de 12 para 8 vagas na próxima legislatura.

Pelo Republicanos, foi eleita a primeira vereadora abertamente bolsonarista na cidade, Sonaira Fernandes. A Câmara paulistana já tinha um vereador com discurso de apoio a Jair Bolsonaro, com Rinaldi Digilio, mas o parlamentar não tinha o suporte direto do presidente. Sonaira já chegou a participar das lives de Bolsonaro.

Fernando Holiday, do Movimento Brasil Livre (MBL), que possui mandato pelo Patriota, viu a bancada do partido triplicar. Na próxima legislatura, o partido de direita terá também Rubinho Nunes e outro youtuber, Marlon do Uber.

Dois herdeiros de vereadores históricos, George Hato (filho de Jooji Hato), do MDB, e Rodrigo Goulart (PSD), filho do vereador Goulart, que haviam obtido o primeiro mandato nas eleições passadas, conseguiram se reeleger.

E a Câmara terá também dois irmão que se ajudaram na política no passado mas, nas eleições, haviam se tornado rivais: Roberto Trípoli (PV) e Xexéu Trípoli (PSDB) conseguiram se eleger, ambos defendendo a causa animal e a sustentabilidade. O discurso de defesa animal foi também o que impulsionou Felipe Becari (PSD), um dos novos nomes na Casa.

Estadão
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