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São Paulo tem primeiro turno mais acirrado da história; Marçal fica de fora por menos de 1% dos votos

Primeiro turno da eleição em SP terminou com diferença de 0,41% entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), ambos no 2º turno

7 out 2024 - 00h42
(atualizado às 01h14)
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Guilherme Mazieiro: “Contemplar a maior parte do eleitorado em SP é um grande desafio”:

A cidade de São Paulo teve, neste domingo, 6, o primeiro turno mais acirrado de uma eleição municipal em quase 40 anos, desde a redemocratização. Ao final da apuração dos votos, os eleitores levaram o candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) ao segundo turno. O ex-coach Pablo Marçal (PRTB), terceiro colocado, ficou de fora da segunda etapa por 56.854 votos. 

A quantidade de votos, superior ao número total de eleitores de muitas cidades do interior do Brasil, representa 0,93 ponto percentual do maior colégio eleitoral do Brasil --pontuação que deixou Marçal, com 28,14% (1.719.274 votos), atrás de Boulos, 2º colocado com 29,07% (1.776.127 votos). 

Entre Nunes e Boulos, a diferença foi ainda menor. O atual prefeito teve 29,48% (1.801.139 votos) contra 29,07% (1.776.127 votos) do psolista, 0,41 ponto percentual (25.012 votos). 

 A pequena diferença entre os candidatos fez com que o resultado do primeiro turno em São Paulo fosse o último, entre todas as capitais brasileiras, a ser definido. O segundo turno só foi estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando faltavam 0,5% das urnas a serem apuradas, às 21h06 deste domingo. 

No início da apuração, no fim de tarde, Nunes liderava a votação, seguido por Pablo Marçal, com Boulos na 3ª colocação. O psolista ultrapassou o ex-coach às 18h40 e conseguiu manter a vantagem até a definição da última urna. 

Da esquerda para a direita: Guilherme Boulos, Ricardo Nunes e Pablo Marçal
Da esquerda para a direita: Guilherme Boulos, Ricardo Nunes e Pablo Marçal
Foto: Estadão Conteúdo / Montagem

Cenário de indefinição 

As urnas confirmaram as projeções --todos os principais levantamentos apontando empate técnico entre os três principais candidatos-- e São Paulo teve o primeiro turno mais acirrado em quase 40 anos, desde a redemocratização, em 1985 --destacada pela diferença de 0,41 ponto percentual entre Nunes e Boulos, primeiro e segundo colocado respectivamente, a menor registrada no período. 

Até então, o título de embate mais aperto era das eleições de 2008, entre Gilberto Kassab (DEM), com 33,61%, e Marta Suplicy (PT), com 32,79%, uma diferença de 0,82%, o dobro da registrada neste domingo.  O embate acirrado também foi na disputa do 1º turno da capital paulista. 

A diferença entre Nunes e Marçal, primeiro e terceiro colocados no pleito de 2024, também foi a menor desde 1985, 1,34% dos votos válidos (81.865 votos). 

Entre Boulos e Marçal, a diferença de votos é a segunda menor da história. Nas eleições de 2000, Marta Suplicy avançou ao segundo turno com 38,13% dos votos. En segundo, Paulo Maluf ficou com 17,40%, 0,14 ponto percentual a frente do terceiro colocado, Geraldo Alckmin, com 17,26%. 

Veja o histórico do primeiro turno das eleições de São Paulo desde 1985: 

  • 1985 - Jânio Quadros: 39,33%; Fernando Henrique Cardoso: 35,80%; Eduardo Suplicy: 20,70%
  • 1988 - Luiza Erundina: 36,78%; Paulo Maluf: 30,14%; João Leiva: 17,47%
  • 1992 - Paulo Maluf: 48,85%; Eduardo Suplicy: 30,68%; Aloysio Nunes: 12,90%
  • 1996 - Celso Pitta: 48,24%; Luiza Erundina: 24,51%; José Serra: 15,57%
  • 2000 - Marta Suplicy: 38,13%; Paulo Maluf: 17,40%; Geraldo Alckmin: 17,26%
  • 2004 - José Serra: 43,56%; Marta Suplicy: 35,82%; Paulo Maluf: 11,91%
  • 2008 - Gilberto Kassab: 33,61%; Marta Suplicy: 32,79%; Geraldo Alckmin: 22,48%
  • 2012 - José Serra: 30,75%; Fernando Haddad: 28,98%; Celso Russomanno: 21,60%
  • 2016 - João Doria: 53,29%; Fernando Haddad: 16,70%; Celso Russomanno: 13,64%
  • 2020 - Bruno Covas: 32,85%; Guilherme Boulos: 20,24%; Márcio França: 13,64%
Fonte: Redação Terra
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