Boulos diz que propaganda de Nunes ‘poderia ser série da Netflix de tão ficcional’ e adversário rebate: ‘Mentiroso’
Candidato do MDB à Prefeitura de São Paulo reconheceu que 'falta muita coisa' na cidade, mas que teve avanço durante seu mandato
Candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) alfinetou nesta segunda-feira, 30, o adversário Ricardo Nunes (MDB), ao dizer que o atual prefeito da capital paulista teve uma “gestão ineficiente” e que sua propaganda eleitoral “poderia ser série da Netflix de tão ficcional”.
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Os dois trocaram farpas durante o segundo bloco do debate promovido pela Folha de S. Paulo e pelo UOL.
Boulos afirmou que Nunes “mente” ao falar de firmeza de posicionamento, e que ele “vomita número” ao comentar sua atuação como prefeito.
“Vamos falar a cidade de São Paulo, aliás, sobre o que ele não fez na cidade, adora vomitar números. Ele havia prometido o maior programa de moradias, entregou 8 mil, nem 10%. Ele havia prometido 2 mil ônibus elétricos, não entregou 200, em 10%. Havia prometido 40 quilômetros de corredor, entregou quatro, 10%. Por que a sua gestão foi tão ineficiente?", questionou.
O oponente se defende dizendo que o psolista vai ficar igual ao Pablo Marçal (PRTB), “com título de mentiroso”. Nunes rebate que a cidade bateu recorde de emprego e renda, e que vai entregar até o final do ano 72 mil unidades habitacionais, entre as já contratadas, prontas e em obras.
“Habitação, eu faço, eu entrego sonhos, diferente de você que faz invasão de área privada para poder iludir as pessoas. [...] A cidade está evoluindo, nós estamos conseguindo fazer as ações necessárias. Falta muita coisa, evidentemente que falta. [Mas tivemos] Muitos avanços", afirmou ao dizer que entregou 19 UPAs durante a gestão.
Nunes também declara que a cidade está atingindo todos os níveis do Programa Nacional de Imunizações (PNI). "É inegável que a cidade está avançando, que a gente está com a economia ativa [...] Não queira desconsiderar as nossas conquistas, a gente tem que ter muito orgulho das nossas conquistas".
Nesse momento, Boulos faz mais uma crítica, desta vez, sobre obras emergenciais na gestão Nunes. ‘Tudo o que o Ricardo Nunes diz aqui é para esconder o que ele não fez. Inclusive, a propaganda dele na televisão poderia ser série da Netflix de tão ficcional que é. É ficção pura. Outro dia, você falou, 'o Boulos não tem experiência, não geriria nem um carrinho de cachorro-quente'. Eu fico imaginando um carrinho de cachorro-quente gerido por você. O cachorro-quente ia custar uns R$ 300, porque a salsicha ia ser superfaturada, como foram as obras emergenciais. A salsicha ia vir do compadre. A mostarda ia comprar do amigo. Essa experiência eu quero longe de mim. Afasta de mim esse cálice", ironizou.
Nunes pediu a palavra e afirmou que não tem compadre em obras. "Falam aqui do rapaz que conheço, o Pedro. Ele trabalha para o governo há 20 anos, quer dizer que é compadre do [Fernando] Haddad, da Marta [Suplicy]?”, questionou.