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Boulos mira empreendedores da periferia e critica Nunes por apagão em SP: "Não poda árvore e culpa o Lula"

Candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo participou de entrevista no SP2, da TV Globo, na noite desta terça-feira, 15

15 out 2024 - 19h35
(atualizado às 20h03)
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Foto: TV Globo/Fabio Tito

O candidato Guilherme Boulos (PSOL) fez um aceno aos empreendedores que vivem na periferia de São Paulo, reforçando os projetos que pretende implementar caso seja eleito prefeito, e voltou a criticar Ricardo Nunes (MDB) pelo apagão em SP. "Ele não poda a árvore e vai dizer que a culpa é do Lula", disse o candidato durante entrevista ao SP2, da TV Globo, na noite desta terça-feira, 15.

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Até o início da noite de hoje, ao menos 150 mil domicílios continuam sem energia elétrica na cidade, ultrapassando 96 horas sem luz.

"Esse apagão tem um pai e uma mãe. A mãe do apagão é a Enel. O pai se chama Ricardo Nunes. Para não parecer que é coisa de disputa política. A responsabilidade de poda de árvore é da Prefeitura de São Paulo", explicou o candidato. Boulos foi o primeiro candidato a ser sorteado para participar do programa. O sorteio foi realizado com a presença de membros da campanha do candidato do PSOL e do MDB.

Boulos iniciou a entrevista prestando "solidariedade para todas as pessoas da cidade que foram afetadas pelo apagão". O psolista ainda reforçou que entrou com "uma ação [na Justiça] contra a Enel para reparar os danos das pessoas [atingidas]".

Aceno aos empreendedores das periferias

Boulos foi questionado sobre o seu desempenho no primeiro turno nas periferias da capital, já que o seu adversário venceu, por exemplo, na zona sul. O candidato do PSOL reforçou os locais de votação em que venceu, como o Campo Limpo, onde vive, mas reconheceu que sua campanha não conseguiu dialogar diretamente com trabalhadores que empreendem nas periferias.

"Acho que nós não falamos de maneira direta com os trabalhadores que também estão na periferia, aqueles que construíram sua vida para prosperar do seu jeito, o motorista de Uber, o motoboy, a mulher que construiu um salão de beleza na região", iniciou.

Ele então destacou os programas que pretendem implementar, como o projeto que dará até R$ 20 mil em crédito para mulheres abrirem ou manterem o seu negócio, e voltou a afirmar que irá liberar o Uber em dias de rodízio, além de criar 96 Centros de Apoio aos Trabalhadores de Aplicativo, onde eles terão banheiro e área de descanso, por exemplo.

Moradia

Ao ser questionado sobre quem tem prioridade para ser beneficiado com os programas de moradia popular caso seja eleito, Boulos respondeu: "A população em situação de rua. Quem mais precisa é quem está na rua, mais de 80 mil pessoas moram na rua hoje".

"Têm coisas que independem da sua posição política. Tem questões que são de humanidade, não devemos aceitar que tenham crianças e mulheres na rua", disse.

Resposta a Nunes

Boulos também respondeu às acusações da campanha de Ricardo Nunes de que ele seria um "extremista" e "inexperiente". "As pessoas ficam inseguras com essa coisa do radical e extremista", iniciou.

Além de recusar o rótulo, ele assegurou que irá compor a Prefeitura com um "time técnico competente" e com ajuda da ex-prefeita Marta Suplicy, que é a sua vice. 

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Fonte: Redação Terra
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